Cuba sofreu, nesta quinta-feira (17), com um déficit de quase 50% na geração de eletricidade, um problema que provocou apagões de até 20 horas em apenas um dia em algumas províncias, informou a União Elétrica.
“A afetação que temos neste momento é elevada”, disse à televisão estatal Lázaro Guerra, diretor geral de eletricidade do Ministério de Energia e Minas.
O funcionário precisou que “o déficit de eletricidade será de mais de 1.000 megavolts em “todas as horas do dia” e chegará a 1.678 durante a demanda máxima de 3.300 megavolts.
Os cubanos enfrentam há três meses, os indesejados apagões, que se prolongam e se tornam cada vez mais frequentes, com um déficit em muitos dias de 30% na cobertura nacional.
Interrupções no serviço de quatro horas ou mais por dia são registradas até em amplas zonas de Havana, uma província prioritária para as autoridades por ser a mais populosa e sede do governo da ilha.
Autoridades da empresa elétrica da província de Camagüey, no centro do país, anunciaram medidas severas na quarta-feira.
“A Empresa Elétrica de Camagüey trabalha para garantir o serviço por cerca de três horas aproximadamente”, indicou em uma postagem na rede social X a companhia local.
De acordo com a imprensa independente local, dezenas de pessoas se manifestaram no início da semana nas províncias de Sancti Spíritus (centro) e Holguín (nordeste) por causa dos longos apagões.
As autoridades explicaram que a situação crítica se deve a falhas e à falta de combustível para alimentar o sistema de geração de energia elétrica, que é composto por oito termelétricas desgastadas, sete usinas flutuantes – que o governo aluga de empresas turcas – e geradores.
A ilha se recuperou, em 2023, dos apagões cotidianos com os quais sofreu durante quase todo o ano anterior.