Equipes de resgate recuperaram mais três corpos nesta segunda-feira (27), um dia depois que uma embarcação de madeira que transportava imigrantes para a Europa se chocou contra rochas devido ao mau tempo no sul da Itália, elevando o número de mortos para 62, incluindo pelo menos 14 crianças.
Muitas das vítimas estavam perto de onde a embarcação afundou, próximo de Steccato di Cutro, um balneário na costa leste da Calábria, enquanto alguns dos corpos foram recuperados em mares ainda tempestuosos.
Dezenas de caixões foram colocados em um pavilhão esportivo na cidade vizinha de Crotone, enquanto a população local deixava flores e velas em grades de metal do lado de fora para mostrar seu respeito.
Autoridades locais disseram que 80 pessoas sobreviveram ao desastre, mas acredita-se que entre 180 e 200 pessoas tenham embarcado na Turquia, sugerindo que muitos outros passageiros podem ter morrido ou desaparecido.
O desastre reabriu um debate sobre imigração na Europa e na Itália, onde as duras novas leis do governo de direita recém-eleito para instituições de caridade de resgate de imigrantes atraíram críticas das Nações Unidas e outros.
“É hora de silêncio, oração, recolhimento e meditação profunda. Mas também é um momento em que devemos nos questionar com responsabilidade sobre esta última tragédia”, disse o bispo Francesco Savino, da vizinha Cassano all’Jonio, uma diocese católica romana em Calábria.
A instituição de caridade Médicos Sem Fronteiras (MSF), operando no local, disse que estava ajudando várias pessoas que perderam parentes no naufrágio.