A CVP (Companhia Vale do Paramirim) informou há 1 ano na revista Brasil Mineral, que os trabalhos de prospecção e exploração mineral que ainda estão sendo realizados no Distrito Polimetálico no município de Caetité, na Bahia, a cerca de 70km da mina Pedra de Ferro, da BAMIN, onde há ocorrências de minério de ferro e cobre.
A forte presença de “materiais argilosos” na Bahia, que foram originados da desagregação, por intemperismo, químico e físico de rochas vulcânicas félsicas, subjacentes, portadoras de mineralizações de sulfetos, litotipos esses similares às rochas vulcânicas félsicas do Depósito de lítio onde a Tesla Motors está extraindo lítio para sua fábrica de baterias elétricas no estado de Nevada(USA), segundo o presidente da empresa, geólogo-empresário João Cavalcanti, que coordenou pessoalmente os trabalhos de exploração na Bahia.
O geólogo acrescentou que agora está sendo iniciado, com a participação da empresa de consultoria Maisminas “um programa de sondagem com trados, com malha regular de perfuração, com amostragem de material a cada metro, para o envio dos mesmos aos laboratórios de análises químicas da SGS-Geosol, em BH, visando à determinação dos teores de óxido de lítio. Esses corpos de argila desagregados das vulcânicas félsicas, ocorrem a leste dos corpos de minério de ferro e minério de cobre, por uma extensão de mais de 2 km com largura média de 1 km, numa pequena bacia restrita, onde se observa antigas lagoas, que recebiam esses dejetos provenientes do intemperismo das vulcânicas félsicas”.
Cavalcanti acredita que, com base na correlação geológica entre o depósito da CVP e a mina de lítio da Tesla Motors em Nevada (USA), que a companhia que preside se tornará, em futuro bem próximo, notadamente com a implantação da FIOL e do Porto Sul, uma grande fornecedora de commodities minerais para o mundo industrial.
“Estamos no momento realizando uma campanha de sondagem rotativa a diamante sobre os corpos de minério de ferro e sulfeto, aonde estamos constatando a incidência expressiva de metais básicos e de minério de ferro. A execução dos trabalhos de sondagem sobre o solo de argila permitirão agregar um valor, em termos monetários, para este grandioso Depósito Polimetálico (ferro,cobre e lítio) ímpar na literatura mundial”, complementa.
Ele informa, ainda, que a CVP pretende apresentar esse projeto aos grandes investidores do setor minero-industrial, notadamente a indústria automobilística, visando a captação de recursos financeiros para a implantação da mina, das unidades de beneficiamento talvez até uma fábrica de baterias para carros elétricos, acrescentando que a CVP já identificou também no Lote 05F, da FIOL, a presença de expressivos corpos de filitos grafitosos.
Espera-se que a demanda mundial por lítio cresça muito rapidamente. A demanda projetada para 2030 é estimada em seis vezes maior que 2020. Desde o aumento da demanda por veículos elétricos até as baterias de íons de lítio em celulares, o lítio provou ser um material essencial para muitas indústrias. As empresas dessa lista investiram no negócio da mineração de lítio e possuem uma perspectiva futura positiva.
Onde tem mais lítio no Brasil?
No Brasil, as ocorrências de lítio estão associadas às rochas pegmatíticas localizadas nos estados de Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Os principais minerais pegmatíticos são a ambligonita, o espodumênio, a petalita e a lepidolita.
Qual a maior produtora de lítio do Brasil?
Hoje, só duas empresas produzem lítio no Brasil: a Companhia Brasileira de Lítio (CBL) e a AMG Brasil. Mas há várias empresas com projetos de mineração em andamento. Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), os alvarás de pesquisa publicados, de todos os minérios, saíram de 5.285 em 2020 para 10.098 em 2021.
Onde fica a maior mina de lítio do mundo?
Segundo o Sumário de Commodities Minerais da USGS (2022) as maiores reservas minerais de lítio se localizam no Chile (9.200.000), seguidas pela Austrália (5.700.000) e Argentina (2.200.000).