O volume de concessões de empréstimos e o estoque de crédito no país cresceram em novembro, mesmo diante de um cenário de elevação nas taxas de juros cobradas pelos bancos e de crescimento no nível de inadimplência.
No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, ficou em 4,3%, contra 4,2% em outubro –o novo patamar é o mais alto desde junho de 2018, quando estava em 4,4%.
No mês passado, os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre ficaram em 44,1%, um aumento de 1,4 ponto percentual em relação a outubro –houve crescimento de 10,4 pontos em 12 meses.
Nos recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve alta de 0,7 ponto no mês, a 11,3%, com elevação de 2,4 pontos em 12 meses.
O spread bancário em recursos livres ficou em 31,2 pontos percentuais, de 30,6 pontos em outubro. Nos recursos direcionados, a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente ficou em 4,0 pontos, contra 4,2 pontos no mês anterior.
Neste mês, o BC ampliou sua previsão de crescimento do crédito no país para 15,1% este ano, ante estimativa de 14,2% feita em setembro. No acumulado em 12 meses até novembro, o estoque total cresceu 14,7%.