Com 514 requerimentos apresentados até o início desta quarta-feira (31), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro se prepara para a primeira reunião de trabalhos efetivos do grupo.
São convocações de autoridades para depor, de policiais, agentes e dos acusados pelos crimes, pedidos de quebras de sigilo, transferências de dados de procedimentos e documentos em poder da Justiça, da Polícia Federal, entre outros.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, deve fechar nesta quarta-feira conforme o Poder 360 e SBT, um levantamento dos requerimentos apresentados e costurar uma proposta de pessoas prioritárias a serem ouvidas pela comissão.
A CPMI aberta para a investigar as invasões e depredações do 8/01, nos prédios sedes dos Três Poderes, em Brasília, tem sua primeira reunião efetiva de trabalhos marcada para esta 5ª feira (1.jun).
A definição das convocações e dos pedidos de quebras de sigilo, como o que pede acessos aos dados do telefone celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deve ser tomada pela disputa entre os membros da situação e da oposição.
A relatora da CPMI pretende apresentar uma proposta de plano de trabalho para ser discutida pelo colegiado na quinta-feira, dia 1º de junho.
Requerimentos
Os integrantes da comissão já apresentaram 514 requerimentos até a 0h desta 4ª feira. Novos requerimentos devem ser protocolados durante o dia, antes da reunião oficial de amanhã, marcada para às 9h.
Os pedidos querem o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do ex-braço direito o tenente-coronel Mauro Cid – preso desde o dia 3 de maio -, do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula general Gonçalves Dias, do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues Passos, e do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Luiz Fernando Corrêa.
Os primeiros requerimentos apresentados foram 26 pedidos do senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Entre outros, eles pedem as convocações de Torres, do ex-ministro-chefe do GSI no governo Bolsonaro, general Augusto Heleno, do general Júlio César Arruda, ex-comandante do Exército, e dos ex-comandantes da Polícia Militar do DF.
Na lista ainda estão pedidos para ouvir os presos e acusados pelas invasões do dia 8 de janeiro, dados sobre as empresas multados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente financiarem os atos golpistas, empresas de redes sociais, bem como dados da PF e do STF sobre as investigações sobre os crimes, e pedidos de quebras de sigilos, telefônicos e bancários, entre outros.