Em uma derrota para o governo Lula (PT), integrantes da CPI do MST aprovaram nesta terça (1º) a convocação de Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil.
A medida, observa a Folha, foi aprovada um dia depois de o MST ter invadido uma propriedade da Embrapa em Petrolina (PE). Aumentaram também as pressões para convocar o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Antes da nova invasão, parlamentares da base aliada já haviam conseguido barrar a convocação de Costa duas vezes.
“Momentos antes de a sessão começar, o relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), apresentou um requerimento extrapauta com a convocação de Rui”, escreve o jornal paulistano. A tentativa dos petistas de evitar a votação do requerimento foi indeferida.
Parlamentares da base alegaram que a convocação era “absurda” e que não havia “lógica” em chamar o chefe da Casa Civil para falar em uma comissão que investiga os sem-terra. Salles respondeu que a medida se justificava as atividades de inteligência do Executivo estão sob a alçada da Casa Civil.
Gonçalves Dias
A CPI do MST ouve nesta terça-feira o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República Gonçalves Dias. Ele compareceu na condição de testemunha para falar sobre o monitoramento de invasões de terra promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no início deste ano.
O general, que caiu após a revelação de imagens do sistema de segurança interna do Palácio do Planalto registradas no dia 8 de janeiro, tentou escapar da CPI, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça negou seu pedido.
Gonçalves Dias já compareceu à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF e à CPMI do 8 de janeiro. Como de costume, o clima da comissão é quente, com embates entre os governistas, de um lado, e o presidente da CPI, Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), e o relator Ricardo Salles (PL-SP), do outro.