O Ministério da Fazenda pediu, ainda nesta última quinta-feira (16), que a Polícia Federal investigue a obtenção e uso indevidos do CPF do ministro Fernando Haddad.
Segundo o ofício enviado pela pasta à PF, o número dele foi compartilhado em aplicativos de troca de mensagens, pericialmente pelo WhatsApp.
O CPF do ministro Haddad foi novamente exposto também em posts no Instagram. Um perfil divulgava o CPF dele e estimulava as pessoas a registrarem as notas fiscais nesse CPF, sob a justificativa de que o ministro “vai ter que explicar para a Receita como que ganha 40k e gasta 100k”, numa alusão ao que seriam o salário de Haddad e suas despesas.
Ministério da Fazenda faz pedido para PF
A solicitação foi feita depois que o ministério recebeu uma denúncia via e-mail indicando que uma pessoa, com celular do estado da Bahia, estaria divulgando o número do documento de Haddad em grupos no estado.
A denúncia chegou à Esplanada dos Ministérios nessa quarta-feira (15), mesmo dia em que o Governo Federal anunciou a revogação de uma norma que alterou as regras de fiscalização de movimentações financeiras, incluindo o Pix.
A medida ampliava o monitoramento sobre transferências mensais superiores a R$ 5.000, feitas por pessoas físicas.
A equipe econômica resolveu voltas atrás da instrução normativa, que valia desde o começo do mês, após uma onda de notícias falsas se espalhar pelas redes sociais.
Vídeos feitos por políticos da oposição foram decisivos para isso. A maior parte dos conteúdos postados indicava que o governo pretendia, em breve, taxar as transações via Pix.
A Fazenda ainda não se manifestou de forma oficial sobre o ocorrido, apenas fez a solicitação à PF até o momento.