A Raízen, que é a joint venture entre a Royal Dutch/Shell e a Cosan, contratou quatro bancos para a abertura de seu IPO, que deve ser um dos maiores na história do mercado brasileiro, em valores nominais. Ele deve movimentar cerca de R$ 13 bilhões, e os coordenadores da oferta serão Bank of America, BTG Pactual (líder), Credit Suisse e Gitgroup. Outros bancos irão se unir ao sindicato ainda esta semana.
Se as expectativas estiverem corretas, o IPO estará em linha com o do Santander Brasil, que levantou R$ 13,1 bilhões em 2009. A abertura de capital é uma estratégia para listar todas as companhias operacionais da Cosan. Os recursos adquiridos serão utilizados para auxiliar o desenvolvimento da estratégia de crescimento em energia renovável da Raízen e arredondar o capital da companhia.
A produção e comercialização de açúcar e etanol (Raízen Energia), e a venda de combustível, com 6,2 mil postos Shell (Raízen Combustível), são os principais negócios da empresa. Na Raízen Energia, o benchmark é a Neste, uma companhia europeia que negocia com valores superiores a 15x Ebitda. Na de combustíveis, a Raízen pretende negociar a um prêmio sobre a Ultrapar, dona da Ipiranga, e a BR Distribuidora. Assumindo um múltiplo de 10x Ebitda, a empresa terá um valor de mercado de mais ou menos R$ 90 bilhões.
Como a Cosan vale R$ 42 bilhões na B3, quando a Raízen se separar dela será a 4º maior companhia em receita no Brasil.