O Brasil já é o terceiro país com o maior número de casos do novo coronavírus no mundo – hoje devem ser ultrapassados os 20.000 óbitos e os 300.000 casos confirmados. Enquanto um novo ministro da Saúde não é nomeado e o governo federal continua se ausentando das responsabilidades pela crise sanitária no país, prefeitos de pequenas cidades do interior do Brasil têm tomado iniciativas nada ortodoxas para contornar a situação.
A prefeitura de Ladário, no Pantanal do Mato Grosso do Sul, resolveu apostar na fé de seu povo, decretando uma jornada de 21 dias de oração, entre 18 de maio e 7 de junho. Os fiéis da cidade vizinha à Corumbá deverão escolher um dia do período para fazer jejum.
O prefeito Iranil de Lima Soares argumentou no Diário Oficial que Ladário é uma cidade cristã e que “Deus ouve a oração de um povo quebrantado”. Para o último dia das orações, sempre voluntárias, o prefeito defende um “cerco espiritual” na cidade, com rezas entre 5h e 6h da manhã.
Já Curral de Cima, na Paraíba, resolveu cancelar a Festa Junina e o aniversário de emancipação política, celebrado em 8 de maio. O município decretou estado de calamidade pública por 90 dias e determinou o corte de 30% do salário do prefeito, do vice e de secretários municipais.
Desde a segunda-feira, Jataí, no sudoeste de Goiás, começou a multar quem fizer festa durante a pandemia. As multas podem chegar a R$ 2.500 e serão pagas pelos proprietários dos imóveis onde as baladas ocorrerem. Desde o dia 1º de maio a prefeitura já aplica multa de R$ 150 ao munícipe que sair de casa sem máscara.
O poder público de São Mamede, município paraibano com 7.721 habitantes e distante 283 quilômetros da capital João Pessoa, anunciou na segunda-feira a distribuição de kits de combate ao novo coronavírus. O coquetel inclui a hidroxicloriquina e será distribuído aos pacientes com suspeita ou confirmação de contágio.