Os entusiastas da proposta de cortar parte dos salários de servidores para engordar os recursos usados no combate ao coronavírus acreditam que a medida pode ser uma espécie de salva-vidas ao tão desgastado Legislativo. Por outro lado, a medida apoiada por Rodrigo Maia e encabeçada pelos tucanos encontra ainda resistência de alguns líderes de centro. A forma, a porcentagem e as carreiras afetadas ainda são alvo de debate, mas um consenso de que o tema pode entrar na agenda do Congresso nas próximas semanas está sendo construído. Maia tem reforçado, contudo, que a iniciativa deve partir do Executivo e incluir todos os Poderes.
A proposta que ganha força, do PSDB segundo o Estadão, inclui Executivo, Judiciário e Legislativo, incluindo quem tem mandato eletivo e propõe um corte de 10% para quem ganha acima de R$ 5 mil e abaixo de R$ 10 mil. No caso de quem recebe acima de R$ 10 mil, o corte pode variar entre 20% a 50%.
Os profissionais das áreas da saúde e de segurança pública que estão atuando durante a pandemia da covid-19, seriam poupados. Os cortes valeriam por um período inicial de 3 meses podendo ser estendido até o prazo final do estado de calamidade.
Maia já começou a procurar as bancadas para construir um texto de consenso para apresentar ao governo.
Parlamentares já começaram a ser bombardeados por associações de servidores preocupados com a medida. Dizem que já foram muito prejudicados com a reforma da Previdência e que, se é para ser uma medida simbólica, como Maia falou, que proponham dinheiro do fundo eleitoral.