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sexta-feira 30 de setembro de 2022 às 06:08h

Corrupção e troca de ofensas marcam a primeira metade do debate

ELEIÇÕES 2022, NOTÍCIAS


Com perguntas de temas livres entre os candidatos, no quarto e último bloco, os postulantes ao Planalto respondem perguntas sobre temas determinados por sorteio e fazem suas considerações finais.

O primeiro e o segundo blocos foram dominados por ataques e poucas propostas.

Soraya se atrapalha, manda abraça ao padre de casamento e Kelmon diz que candidatos precisam de catequese

Ainda no terceiro bloco, em seu terceiro enfrentamento com Padre Kelmon (PTB), Soraya Thronicke (União Brasil) se atrapalhou, enviou abraços ao padre que fez seu casamento e não teve tempo de questionar o adversário. O petebista, por sua vez, usou todo o seu tempo em uma única resposta. Disse ter preocupação com a “sexualização das crianças” nas escolas e disse que outros candidatos e até mesmo jornalistas presentes precisavam de catequese para respeitar um religioso presente. Ele reclamou de ser chamado de “falso padre” e de “estar travestido de religioso”. “Se vocês tratam padre desse jeito, imagina o que vocês não fazem com o povo”, disse o petebista.

Soraya ignorou o adversário e disse que, se for eleito, valorizará os professores.

Ciro tenta emparedar Bolsonaro

Ainda no terceiro bloco, Ciro tentou emparedar Bolsonaro com perguntas sobre erros no processo de desestatização e sobre a inação do presidente em relação ao orçamento secreto. Bolsonaro tenta escapar isentando-se da responsabilidade, atribuindo as decisões aos conselhos das estatais e a execução das emendas de relator ao Congresso.

Lula abaixou o grau de fervura ao questionar Ciro sobre suas propostas para a cultura. Apesar de algumas indiretas, o tom permaneceu no campo das propostas, sem acusações mais pesadas.

Lula sabe que tem que cativar o eleitor de Ciro. O voto útil virá com muito mais dificuldade se o ex-presidente tratar o pedetista com o mesmo nível de agressividade com que vem sendo tratado.

Em gafe, Simone chama Soraya de “candidata Bolsonaro”

A candidata do MDB, Simone Tebet, cometeu um ato falho ao tentar perguntar para a presidenciável do União Brasil, Soraya Thronicke. Isso porque Simone iniciou seu questionamento chamando Soraya de “candidata Bolsonaro”. A emedebista pediu desculpas pela confusão. Soraya foi integrante da base aliada do governo Jair Bolsonaro no início de seu mandato em 2018, mas depois se distanciou do Palácio do Planalto.

Lula questiona Ciro sobre cultura e ouve indireta sobre regulação da mídia

Luiz Inácio Lula da Silva perguntou a Ciro Gomes sobre o projeto dele para a cultura. O candidato do PDT explicou que sua ideia é recriar o Ministério da Cultura e rever as leis de fomento. Ao final da sua resposta, no entanto, o pedetista mandou uma indireta ao dizer que Lula “não anda na periferia”.

Além disso, Ciro acusou Lula de defender a “regulação da mídia” e usar o Fies para favorecer “amigos poderosos”.

Ciro fala em corrupção familiar e Bolsonaro pede para pedetista não mentir

Após o candidato Ciro Gomes (PDT) falar em corrupção familiar do atual mandatário, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu que o adversário não falasse em corrupção no atual governo e solicitou que o pedetista parasse de mentir. “Não fale em corrupção familiar. Onde tem corrupção na minha família? Não minta. Jamais faria isso contigo”.

O postulante do PDT disse que o mandatário teve oportunidade de responder a corrupção e a crise econômica, mas não o fez em quase quatro anos de governo. Ele listou supostos ilicitos do atual governo e o presidente voltou a pedir que o adversário não mentisse para não “desilustrar sua presença no debate.”

Kelmon chama Lula de corrupto e mentiroso e petista diz que padre usa fantasia e é candidato laranja

Após o presidenciável do PTB, Padre Kelmon, chamá-lo de corrupto e mentiroso, o ex-presidente Lula (PT) reagiu e afirmou que o petebista está fantasiado e insinuou que ele seria um candidato laranja. O religioso disse que “comparsas” do petista o classificaram em delações premiadas como “chefe do maior de esquema de corrupção do mundo”. O petista respondeu que o postulante do PTB era desinformado e foi interrompido pelo adversário, o que fez com que William Bonner pedisse que as regras fossem respeitadas. ‘Candidato laranja não tem respeito pelas regras, faz o que quer”, provocou o petista, que disse ter sido absolvido por denúncias “mentirosas”. Kelmon respondeu que Lula é “um descondenado que não deveria estar participando do debate”. Foi a vez de Lula interromper e ser advertido.

D’Avila e Simone discordam sobre privatização da Petrobras no terceiro bloco

O candidato Luiz Felipe d’Avila (Novo) escolheu fazer sua pergunta para a presidenciável Simone Tebet (MDB). Ele aproveitou para dizer que não quer fazer parte do que chamou de “debate de botequim”. Em seguida, destacou que ele e Simone têm divergências em relação à privatizações. Em resposta, Simone disse que seu governo será “parceiro” da iniciativa privada.

Na réplica, d’Avila defendeu privatizar a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e a Petrobras. “Vai ser ótimo. Não precisamos dessas estatais que são antros de corrupção”, afirmou o nome do Novo.

Simone concordou e disse que seu próprio partido, o MDB, foi conivente com o “petrolão”. Por outro lado, a candidata do MDB disse que Petrobras rendeu dividendos para saúde e educação e discordou da privatização dessa empresa pública.

Bolsonaro é o primeiro a perguntar no 3º bloco, mas foge de Lula

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o primeiro candidato sorteado a perguntar no terceiro bloco, mas evitou escolher fazer seu questionamento para o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Em vez disso, Bolsonaro optou por fazer “dobradinha” com o presidenciável do Novo, Luiz Felipe d’Avila.

Os dois optaram por falar mal da “esquerda no poder” e enaltercer reformas estruturantes. “Pode ter certeza, depois das eleições, vamos aproveitar a reforma fiscal”, disse Bolsonaro. “É bom escutar isso”, complementou, em tom amistoso, o nome do Novo. “A volta da esquerda vai ser um desastre”, acrescentou d’Avila.

Tebet e Bolsonaro entram em conflito sobre desmatamento

A candidata Simone Tebet (MDB) acusou o governo Jair Bolsonaro (PL) de permitir o maior desmatamento dos últimos 15 anos. “O seu governo protegeu os madeireiros”, disse Simone. Em resposta, Bolsonaro afirmou que a acusação não é verdade e minimizou dizendo que a floresta “pega fogo naturalmente”. “Não é verdade esse dado, isso é uma narrativa”, argumentou Bolsonaro.

Além disso, o presidente acusou Simone de ter “ciúmes” da ex-ministra Tereza Cristina, que teria “roubado” a vaga dela no Senado. “Ele acredita na própria mentira”, rebateu Simone.

A candidata do MDB disse que o meio ambiente vai ser prioridade no seu governo. Na tréplica, Bolsonaro enalteceu o agronegócio e citou as “mulheres do campo”, eleitorado que tem rejeição ao seu governo.

D’Avila ignora tema, questiona Lula sobre corrupção e petista pede que adversário do Novo cite dados de acusações

Após Luiz Felipe D’Avila (Novo) ignorar tema sorteado sobre a lei das cotas raciais e fazer questionamento sobre corrupção em gestões do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu e perguntou ao adversário sobre as fontes dos números citados por ele.

“Pode me dar a fonte? Estou vendo uma falação de números. De vez em quando as pessoas vêm aqui e falam de números sem experiência com máquina pública”.

Depois que o postulante do Novo dizer que Lula deveria pedir desculpas pelos “roubos” do governo do petista, o ex-mandatário disse que vai voltar ao governo “porque o povo o quer de volta, está com saudade de ter emprego, de ter mais saúde, de ter acesso a especialistas nesse país”.

Fernando Exman analisa: Lula tenta criar vacina contra ataques sobre corrupção

Candidato do PT à Presidência, o Luiz Inácio Lula da Silva tentou há pouco criar uma vacina contra os ataques dos adversários que citam escândalos de corrupção durante os governos do partido. Em um direito de resposta, Lula falou que graças a medidas tomadas pelas administrações do PT foram apontados os responsáveis pelos malfeitos denunciados.

O petista, contudo, voltou a defender que as empresas não devem ser punidas por eventuais irregularidades praticadas por seus executivos. A menção à corrupção é uma das apostas dos principais adversários de Lula.

Aliados de Bolsonaro, por exemplo, argumentam que o eleitorado jovem não se recorda dos escândalos nos governos de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff. E por isso, portanto, precisam ser expostos a essas histórias antes do pleito. A estratégia tem sido intensificada à medida que cresce a possibilidade de Lula ganhar no primeiro turno.

Fim do primeiro bloco

Termina o primeiro bloco, com perguntas de temas livres entre os candidatos. No segundo bloco, os candidatos responderão questões sobre temas determinados por sorteio.

Simone e D’Avila fazem dobradinha sobre saúde e “Brasil real”

Na sua vez de perguntar, a candidata Simone Tebet (MDB) pediu ao adversário do Novo, Luiz Felipe D’Avila, para que eles discutam o “Brasil real”. Em resposta, ele comemorou a oportunidade de “falar do que importa”.

Simone disse também que é importante debater a falta de vagas no SUS. Ela prometeu tomar medidas para acabar com a fila no sistema. “Vamos equipar todos os hospitais regionais, mas é preciso também olhar para as Santas Casas”, disse.

Já D’Avila afirmou que o SUS é uma parceira público-privada e defendeu que é necessário rever a tabela do SUS. “Está muito defasada”, disse.

Lula diz que ações de seu governo permitiram que escândalos de corrupção fossem descobertos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em direito de resposta, que ações de seu governo permitiram que escândalos de corrupção fossem descobertos e punidos. “Queria lembrar as pessoas que graças ao que nós fizemos para combater a corrupção, a corrupção foi descoberta e as pessoas foram punidas”.

Ele pediu desculpas pelo excesso de pedidos de resposta durante o primeiro bloco do debate e encerrou sua fala lembrando supostos casos de corrupção do governo de Jair Bolsonaro (PL), como a compra de dezenas de imóveis da família do mandatário com dinheiro vivo.

Em direito de resposta, Bolsonaro diz que Lula retomou direitos políticos “por ter amiguinho no STF”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) destacou, durante direito de resposta, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado em três instâncias e só retomou os direitos políticos por “ter amiguinho” no Supremo Tribunal Federal (STF).

O mandatário questionou o petista sobre o número do decreto que teria determinado o sigilo de sua família e negou que tenha atrasado a compra de vacinas. “Para de mentir. Quando se fala em Auxílio Brasil, eu paguei R$ 600. O senhor dava menos e usava pobres como massa de manobra”.

Soraya confunde nome do Padre Kelmon e o chama de “cabo eleitoral” de Bolsonaro

Em sua primeira pergunta no debate, a candidata Soraya Thronicke (União Brasil) acusou o presidenciável do PTB, Padre Kelmon, de atuar como linha auxiliar do candidato do PL, Jair Bolsonaro. Apesar da intenção, ela errou o nome do adversário e o chamou de “Padre Kelvin”. “O senhor não se arrepende de defender o governo?”, questionou. Kelmon saiu pela tangente e ouviu uma nova crítica de Soraya.

Ela lembrou o fato de ele ter recebido auxílio emergencial durante a pandemia. “Depois do auxílio emergencial, o senhor arranjou emprego de cabo eleitoral [de Bolsonaro]”.

A acusação irritou Padre Kelmon. “Vocês falam tanto de covid. Só se morre de covid neste país? A senhora está desrespeitando um padre. A senhora não entende do evangelho e está mandando um padre para o inferno”, disse.

Lula e Soraya rivalizam sobre corrupção

Em sua primeira pergunta no debate da TV Globo, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, questionou a candidata do União Brasil, Soraya Thronicke, sobre as propostas dela para acabar com a fome no Brasil. Em resposta, ela focou em falar em “escândalos de corrupção” da gestões do PT. A presidenciável do União também citou sua proposta de criar um imposto único, tema que já está em tramitação no Congresso Nacional há algum tempo. Na réplica, Lula argumentou que Soraya deveria lembrar que foi no seu governo que foi criado a Lei de Acesso à Informação (LAI), entre outras ações. Já Soraya rebateu citando o “petrolão”.

Bolsonaro lembra caso Celso Daniel e Simone diz que faltou coragem ao presidente para fazer pergunta a Lula

Ao ser indagada sobre suposto envolvimento do PT em assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, a senadora Simone Tebet (MDB) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não deveria fazer a pergunta a ela e que não teve coragem de questionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto.

Após insistência do mandatário no tema, a emedebista disse que Bolsonaro não questionou Lula “por covardia, por não ter coragem ou para não responder sobre os problemas graves de sua gestão”.

Em direito de resposta, Lula disse que era amigo de Celso Daniel e lembrou de escândalos do atual governo.

Ciro aproveita pergunta de Luiz Felipe D´Ávila para voltar a atacar Lula

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, disse, mais uma vez, que a “mágoa do povo brasileiro” com o governo Lula foi o que gerou a vitória de Bolsonaro em 2018. A oportunidade para essa crítica surgiu devido à dificuldade do candidato do Novo, Luiz Felipe D’Avila, de concluir sua pergunta no tempo estipulado pelo debate.

Na réplica, Luiz Felipe D’Avila acusou o PT de ser um partido de “mensaleiros”. Já Ciro disse, na tréplica, que eleger o PT é “voltar ao passado”.

“Não ensine que roubar pode ser premiado”, disse Ciro. Por fim, o pedetista comparou o cantor Caetano Veloso, que declarou voto no PT, com Geddel Vieira Lima, acusado de participação num esquema de corrupção durante o governo Michel Temer (MDB).

Em direito de resposta, Bolsonaro acusa Lula de ser “mentiroso” e “ex-presidiário”

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou seu direito de resposta durante o debate para chamar o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, de ser “ex-presidiário”. Bolsonaro também rechaçou a acusação de que sua família fez uma “rachadinha”.

“No meu governo, não teve esquema nada [de corrupção], disse Bolsonaro.

Lula rebate acusações de corrupção e diz que Bolsonaro deveria se olhar no espelho

Após ser ofendido por Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em direito de resposta, que Bolsonaro não poderia falar em corrupção de governos petistas e que deveria se olhar no espelho. “Ele falar de quadrilha comigo? Precisava se olhar no espelho e ver o que está acontecendo no governo dele. Você quando vier no microfone se comporte como presidente. Respeite quem está assistindo e não minta”, disse Lula. Em um segundo direito de resposta, o candidato do PT disser ser uma “insanidade” as acusações feitas por Bolsonaro contra ele e sinalizou que acabará com sigilos decretados por Bolsonaro durante o atual governo. “O povo vai te mandar para casa em 2 de outubro.”

Padre Kelmon faz “dobradrinha” com Bolsonaro e fala do Auxílio Brasil

Segundo a perguntar no debate, o candidato do PTB à Presidência, Padre Kelmon, escolheu perguntar para Jair Bolsonaro, presidenciável do PL. Kelmon aproveitou a oportunidade para levantar a bola para o atual presidente da República e citou o auxílio emergencial de R$ 600. Em resposta, Bolsonaro comparou o Auxílio Brasil com o antigo Bolsa Família, programa de transferência de renda do PT.

Na réplica, Kelmon disse ainda que “a esquerda” quer calar a voz da igreja. Por fim, na tréplica, Bolsonaro fala da suposta “roubalheira” do governo Lula e acusou o ex-presidente do PT de ter permitido um esquema de R$ 6 bilhões. Além disso, o candidato do PL citou também a chamada ideologia de gênero.

Ciro responsabiliza Lula por Bolsonaro e petista rebate que adversário do PDT está nervoso

Confrontado por Ciro Gomes (PDT) sobre perdas na economia que levaram Jair Bolsonaro (PL) ao poder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os governos do PT estabeleceram o aumento da renda dos mais pobres e lembrou que o próprio pedetista integrou a Esplanada durante sua gestão. O candidato do PDT à presidência afirmou que se afastou do governo petista por contradições graves e morais, e destacou que Lula “impôs a maior taxa de juros do planeta terra”. Em resposta, o petista disse que o pedetista estava nervoso e lembrou que Bolsonaro herdou o governo de Michel Temer (MDB), a quem chamou de “golpista”.

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