O corregedor Nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, comparou nesta segunda-feira (9) magistrados a Deus, porque “julga as pessoas”.
A declaração foi dada durante a abertura do 2º Seminário sobre a Política Nacional de Justiça Restaurativa, que acontece em Salvador.
Em seu discurso, o corregedor frisou que o magistrado tem que tratar a todos “com muita dignidade e respeito”. “Quando nós criamos [regras para] as redes sociais, não é para calar o magistrado, não é para intimidar ou impedir o magistrado de pensar, mas saber que o magistrado é a única atividade que se assemelha a Deus, pois julga as pessoas. Ele serve de exemplo para as pessoas.
O seu comportamento serve de conduta para ação de cada um. Por isso que queremos os juízes na comarca, por isso que queremos o juiz conversando com a sociedade. O juiz não pode se afastar da sociedade. Isso não fere a sua independência nem seu equilíbrio. O juiz só é subordinado a duas coisas: à lei e à Constituição”, avaliou.
Nesta segunda, Martins dará início à inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que vai verificar o funcionamento dos setores administrativos e judiciais da Justiça comum estadual de 2º Grau de jurisdição do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e serventias extrajudiciais do estado. Durante a ação, que vai até a próxima sexta (13), os trabalhos forenses e prazos processuais não serão suspensos.
O ministro garantiu que a inspeção vai atuar em conjunto com o Judiciário baiano para buscar melhorias, e fez referência ao selo Prêmio CNJ de Qualidade do ano de 2019, antigo Selo Justiça em Números, do qual o TJ-BA foi excluído em meio às investigações da Operação Faroeste.