O atual presidente da Assembleia, Angelo Coronel (PSD) deve seguir os conselhos do senador Otto Alencar (PSD), e assumir a condução da sua sucessão. Com quatro candidatos da base aliada disputando, a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) tem causado desconforto em muitos políticos da base de Rui, inclusive no próprio governador.
Em uma reunião marcada para esta próxima terça-feira (27) entre Coronel e os candidatos Alex Lima (PSB), Nelson Leal (PP), Adolfo Menezes (PSD) e Rosemberg Pinto (PT), conforme publicou o Bocão News, o atual presidente irá tentar colocar um ponto final no bate-chapa. No encontro, ele deve propor consenso em torno de uma candidatura única pela presidência da Casa.
Na sexta-feira (23), Rosemberg indicou que vai retirar sua candidatura, mas só deve fazer o anúncio oficial na terça. Na base aliada, a avaliação é de que a disputa vai se polarizar entre Adolfo e Nelson, nomes mais competitivos entre os quatro. Na reunião desta terça, Coronel deve medir qual dos dois reúne condições para angariar apoios de Alex e Rosemberg. A avaliação é de que, mesmo com 19 apoios anunciados, Nelson ainda não venceu a eleição. E aí é que os votos dos outros dois deputados e seus respectivos partidos vão fazer diferença nessa história.
Segundo o apurado pelo portal, a iniciativa de Nelson de anunciar 19 apoios antes da volta do governador Rui Costa do exterior irritou outros partidos da base. Eles reclamam que o pepista avançou o sinal. Por isso, os outros dois candidatos devem se aliar a Rosemberg.
Caso consiga os apoios da dupla e, consequentemente, dos seus partidos, Adolfo chegaria a 23 votos (10 do PT, 9 do PSD e 4 do PSB), ultrapassando Nelson. Há avaliação, ainda, de que os apoios do novato João Isidorio (PDT), que deve retirar sua candidatura à presidência, e de Jânio Natal (Podemos) iriam para o parlamentar, o que o levaria a 25 votos. Neste cenário, o esforço da reunião seria demover da candidatura aquele que tivesse com menor número de apoios, para evitar racha na base. Caso não haja consenso, ficaria com a bancada de oposição a incumbência de decidir a eleição, que deve votar junta.