Ângelo Coronel (PSD) sempre disse que nunca pensou em ser presidente da Assembleia, muito menos senador. Caso não fosse candidato, já estava decidido a pendurar as chuteiras após seis mandatos de deputado estadual, depois de ter iniciado a carreira como prefeito de Coração de Maria, região de Feira de Santana. E no início da campanha brincava:
– Quero ver se o povo vai me mandar para Brasília ou de volta para Coração de Maria.
Vai para Brasília e diz que quando lá chegar já sabe o que fazer: focar o mandato em duas questões, municipalismo e segurança.
Com o prefeito
Coronel é direto na questão municipal, segundo ele, a cada dia com mais atribuições e menos dinheiro:
‘Não gosto de falar em Pacto Federativo porque ninguém sabe o que é. Mas queremos a redefinição da partilha do bolo tributário. O Congresso vai ter que ter a coragem de atacar. E atacar na fonte. Quando alguém toma uma topada e cai, não procura o governador ou o presidente. Procura é o prefeito’, disse Coronel.
O novo senador diz também ser a favor de um combate ostensivo contra o narcotráfico, segundo ele, razão principal da insegurança pública galopante, como se vê hoje:
‘Não entendo como o Brasil, com 17 mil quilômetros de fronteiras terrestre, só monitora 4% via satélite. São apenas 600 quilômetros, no conjunto, nada’.
Nesse ponto parece que ele pensa como Bolsonaro.
Por Levi Vasconcelos