Após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prorrogar a quarentena no estado até o dia 22 de abril, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foram às ruas da capital paulista — de carro — neste sábado, 11, para protestar contra as medidas de isolamento social tomadas pela administração estadual como forma de combate à pandemia do coronavírus.
Bolsominion comemorando que a manifestação anti Doria parou a Av. Paulista.
Detalhe: uma ambulância com a sirene ligada está presa entre os carros.pic.twitter.com/0gJqgncM55
— Marlon Menezes (@marlonmzs) April 11, 2020
O protesto foi convocado pelo WhatsApp e começou em frente ao Ginásio do Ibirapuera, local que irá abrigar o terceiro hospital de campanha da capital paulista e seguiu até a Avenida Paulista.
Em determinado momento, a manifestação chegou a bloquear a passagens de ambulâncias pela via. Diversos registros foram feitos pelas redes sociais.
O estado de São Paulo concentra o maior número de casos e óbitos da Covid-19 no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram reportados 8.419 mortes e 560 mortes. O país tem, ao todo, 20.727 casos e 1.124 óbitos.
Segundo o governo do Estado, cerca de 57% da população do estado está respeitando medidas de isolamento social. A medição é feita por georreferenciamento mediante a sinal de celular. Porém, o número está abaixo do percentual considerado ideal pela administração, de 70%. Na última sexta-feira, Doria afirmou que, caso os paulistas não passem a respeitar mais o distanciamento social, o governo estadual e a prefeitura de São Paulo vão endurecer medidas, com a aplicação de multas e até mesmo prisão.
Manifestação na Av. Paulista, fora Dória Safado!!! pic.twitter.com/hsgPEJzWgy
— Carla Souza (@karlotapsouza) April 11, 2020
Questionada sobre a manifestação que tomou diversas vias da cidade, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a Polícia Militar acompanhou o ato e que não houve incidentes. “ A instituição orienta o público sobre as recomendações estabelecidas no Decreto nº 64.881, para que a circulação de pessoas se limite ao exercício de atividades essenciais, como de alimentação e de saúde”, disse a pasta em nota.