Um estudo realizado em Hong Kong e publicado na revista científica The Lancet indica que a vacina chinesa CoronaVac — produzida pelo laboratório Sinovac e envasada e distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan — produz dez vezes menos anticorpos contra a covid-19 do que o imunizante desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Pfizer. A informação foi repercutida por publicações internacionais como o jornal francês Le Monde e a Bloomberg.
A pesquisa apontou que os níveis de anticorpos entre profissionais de saúde de Hong Kong totalmente vacinados com o imunizante da Pfizer/BioNTech eram cerca de dez vezes superiores aos observados em quem havia tomado duas doses da CoronaVac.
Segundo os cientistas, apesar de o nível de anticorpos não ser o único aspecto relevante para se medir a capacidade de proteção contra o coronavírus, “a diferença nas concentrações de anticorpos neutralizantes identificados no estudo pode-se traduzir em diferenças substanciais na eficácia da vacina”.
A conclusão do estudo em Hong Kong corrobora a tese de que as vacinas de RNA mensageiro — como a da Pfizer e da Moderna — ofereceriam maior proteção contra o coronavírus e suas variantes em comparação com imunizantes desenvolvidos por métodos mais tradicionais, como o vírus inativado (é o caso da CoronaVac).