A Coreia do Norte aprovou uma lei que consagra oficialmente suas políticas de armas nucleares, uma medida que, segundo o líder Kim Jong Un, torna seu status nuclear “irreversível” conforme AFP e impede qualquer negociação sobre a desnuclearização, informou a imprensa estatal do país nesta sexta-feira (9).
A medida ocorre enquanto observadores dizem que a Coreia do Norte parece estar se preparando para retomar os testes nucleares pela primeira vez desde 2017, depois que cúpulas históricas com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros líderes mundiais em 2018 não conseguiram convencer Kim a abandonar seu desenvolvimento de armas.
O parlamento norte-coreano, a Assembleia Popular Suprema, aprovou o projeto na quinta-feira, segundo a agência de notícias estatal KCNA. A lei define quando as armas nucleares poderão ser usadas, inclusive para a proteção dos ativos estratégicos do país, e caso ele seja atacado.
A lei também proíbe qualquer compartilhamento de armas nucleares ou tecnologia com outros países, informou a KCNA.
“O maior significado de legislar a política de armas nucleares é traçar uma linha irreversível para que não haja barganha sobre nossas armas nucleares”, disse Kim em um discurso na Assembleia Popular Suprema.
O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, se ofereceu para conversar com Kim a qualquer momento, em qualquer lugar, e o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse que seu país forneceria uma imensa ajuda econômica se Pyongyang começasse a desistir de seu arsenal.