O Conselho de Segurança realizou nesta segunda-feira uma sessão sobre não-proliferação de armas nucleares na Coreia do Norte. O encontro aconteceu após o lançamento de um míssil balístico de curto alcance contra o mar, no domingo.
Na reunião, o secretário-geral assistente para a Europa, Ásia Central e Américas, Miroslav Jenca, sinalizou que um sétimo teste nuclear violaria de forma clara as resoluções do órgão e prejudicaria a norma internacional contra o tipo de testes.
Míssil balístico
Um mês após o encontro anterior sobre o tema, os 15 Estados-membros voltaram à sala para abordar o lançamento do míssil balístico Hwasong-17 feito um dia antes.
Miroslav Jenca disse que o projétil voou a uma distância de mil quilômetros e a uma altitude de 6.045 km. Ele informou que a Coreia do Norte caracterizou o lançamento como um “exercício simulando um contra-ataque nuclear”.
O subsecretário-geral assistente explicou que o evento foi o quarto em onze dias em que foi usada tecnologia de mísseis balísticos, de um total de 14 lançamentos desses sistemas realizados em 2023.
De acordo o representante da ONU, a Coreia do Norte aumentou muito suas atividades de lançamento de mísseis desde 2022, incluindo aproximadamente 70 lançamentos usando tecnologia de mísseis balísticos somente no ano passado.
Ele disse que o país asiático continua de forma ativa usando seu programa de armas nucleares, violando as resoluções do Conselho de Segurança.
Paz sustentável e desnuclearização
Para reduzir as tensões, ele disse que a Coreia do Norte precisa tomar medidas imediatas para retomar o diálogo que leve à paz sustentável e à desnuclearização completa e verificável da Península Coreana.
Ele acrescentou que os canais de comunicação devem ser aprimorados, principalmente de natureza militar para militar.
O Conselho de Segurança da ONU impôs sanções após a primeira explosão de teste nuclear da Coreia do Norte em 2006 e reforçou as decisões por 10 vezes ao longo dos anos.