sábado 23 de novembro de 2024
As eleições de meio de mandato nos Estados Unidos apresentam grandes apostas para os democratas e para o presidente Joe Biden (foto ilustrativa). © REUTERS - TOM BRENNER
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quinta-feira 17 de novembro de 2022 às 13:04h

Controle da Câmara pelos republicanos vai moldar a política americana nos próximos anos

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Os republicanos conquistaram a maioria na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos nas eleições para o Congresso deste ano, encerrando um controle democrata na casa que já durava quatro anos e acabando com poder unificado do partido de Joe Biden em Washington.

Com a oposição em maioria na Câmara, Biden vai enfrentar duras negociações para aprovar suas agendas principais no Congresso, e há grande chances de pautas prioritárias dos democratas ficarem paradas.

Abaixo trazemos como os republicanos vão moldar questões-chave da política americana nos próximos dois anos.

Impostos

O fim do controle democrata na Câmara impedirá Biden de cumprir as principais metas da campanha para 2020, incluindo o aumento das taxas de impostos sobre empresas e famílias de alta renda.

O Partido Republicano conquistou o controle da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, de acordo com projeções da mídia, o que dará aos conservadores a possibilidade de combater a agenda do presidente Joe Biden nos próximos dois anos.

A maioria republicana na Câmara baixa do Congresso será muito menor do que o partido esperava, depois de não ter conquistado o controle do Senado nas eleições de meio de mandato da semana passada.

As emissoras NBC e CNN projetaram a vitória para os republicanos com pelo menos 218 dos 435 assentos da Câmara dos Representantes, o suficiente para garantir uma maioria.

A confirmação chega uma semana depois de milhões de americanos irem às urnas para votar nas eleições de meio de mandato, que costumam castigar o partido no poder.

Biden parabenizou o republicano Kevin McCarthy, eleito nesta terça-feira por seus colegas para ser o líder do partido na Câmara baixa, pela “vitória dos republicanos da maioria na Câmara”.

O presidente democrata afirmou estar “pronto para trabalhar com os republicanos da Câmara dos Representantes para obter resultados para as famílias trabalhadoras”.

Ainda segundo Biden, a votação da semana passada foi “uma forte rejeição aos negacionistas das eleições, à violência política e à intimidação” e mostrou “a força e resistência da democracia americana”.

McCarthy se pronunciou via Twitter pouco após a publicação das projeções: “Os americanos estão prontos para uma nova direção, e os republicanos da Câmara dos Representantes estão prontos para cumprir essa missão”.

A notícia chega um dia depois que o ex-presidente Donald Trump, cujo endosso parece ter condenado alguns dos candidatos de seu partido nas eleições de meio de mandato, anunciou que pretende se candidatar à presidência em 2024.

Em um cenário de aumento da inflação e queda nos índices de popularidade de Biden, os republicanos esperavam conquistar o controle de ambas as casas do Congresso e, com isso, bloquear de maneira efetiva a maioria dos projetos legislativos de Biden.

Em vez disso, os eleitores democratas compareceram em massa, estimulados pela anulação do direito ao aborto pela Suprema Corte e temerários dos candidatos apoiados por Trump que rejeitam abertamente o resultado da eleição presidencial de 2020.

Já os republicanos perderam terreno ao apresentar candidatos rejeitados pelos eleitores moderados por serem muito radicais.

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