O TCU investiga a compra, na gestão do ex-ministro Nelson Teich, de 80 milhões de aventais ao custo de 912 milhões de reais. Na semana passada, o tribunal mandou interrogar o servidor que autorizou a mega compra. Numa fiscalização, os técnicos da Corte constataram que o negócio foi fechado sem que o ministério oferecesse no processo “informações sobre o dimensionamento do quantitativo dessa compra, em termos de profissionais e localidades a receberem os produtos”, diz o TCU.
O risco é de que o governo tenha realizado “contratação superdimensionada e antieconômica”. O tribunal aponta ainda “riscos relacionados à logística de aquisição e distribuição dos produtos que podem resultar em entrega de produtos à população alvo de forma intempestiva, comprometendo a eficácia da aquisição almejada”.
O preço unitário (R$ 11,40) dos aventais também está na mira. Não há no processo, segundo o tribunal, um estudo sobre o valor adequado dos materiais, “o pode resultar em dano ao erário”.
O TCU também investiga a capacidade da empresa Inca Tecnologia de Produtos e Serviços para fornecer o produto “com a quantidade, qualidade e no prazo necessário considerando o atual cenário de emergência internacional em saúde”. O relator do caso é o ministro Benjamin Zymler. As informações são da Coluna Radar da Veja.