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O deputado federal eleito Chico Alencar (PSOL-RJ) vai lançar sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados para concorrer com o atual chefe da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A informação foi publicada por Chico Alves, do UOL. A eleição vai ocorrer no dia 1º de fevereiro. “Essa candidatura continuista, avassaladora, do Lira não expressa a diversidade de interesses na sociedade brasileira”, explicou Alencar à coluna. “Ela empodera em demasia o fisiologismo, o Centrão, já que Lira foi aliado permanente e fiel de Bolsonaro”.
Para o psolista fluminense, o Parlamento deve ser um espaço de disputa de ideias, uma usina de projetos voltados para o interesse público, bem distante do “toma lá, da cá”. “A presidência da Câmara deve agir com rigor em relação a seus membros investigados – e, é óbvio, com direito de defesa – que tenham de alguma maneira estimulado a tentativa de golpe em 8 de janeiro. O Parlamento é o espaço do dissenso, não da conciliação”, acredita.
O lançamento da candidatura alternativa à presidência da Casa foi decidido pela bancada do PSOL e, segundo Alencar, não abala a parceria com o PT, cujos dirigentes têm declarado apoio à candidatura de Lira.
“Continuamos próximos ao PT e empenhados pelo êxito do governo Lula e contra o golpismo abominável da extrema-direita. Mas o Parlamento é um Poder autônomo, independente”, afirma.
A candidatura de Chico Alencar tem caráter simbólico, pretende instigar discussão, sem ilusões quanto às possibilidades de vitória. “A ideia é captar os votos daqueles insatisfeitos com o ‘trator’ Lira, que tem feito almoços e jantares com bancadas para pedir votos. Há muitos deputados descontentes com ele e essa votação vai ser bom termômetro do verdadeiro perfil da nova legislatura”, acredita.
O lançamento da candidatura será feito amanhã ou terça-feira. Na segunda-feira (30) serão lançados os 20 pontos programáticos da campanha do psolista à presidência da Câmara.
