Forças de segurança e de inteligência estarão em alerta na virada de ano e no começo de 2025 em Brasília para monitorar eventuais riscos de ataques extremistas. O esquema deverá ser mantido até o dia 12, garantindo a vigilância inclusive para 8 de janeiro, data que marca os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes. Até o momento, a segurança do Distrito Federal não identificou nenhuma ameaça concreta, mas dois episódios nos últimos dias elevaram a atenção.
No último final de semana, dois homens foram presos suspeitos de planejar ataques à capital federal. Alvo recente de uma tentativa de atentado a bomba, em novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) reforçou o número de agentes de segurança para a virada do ano e mantém equipes de sobreaviso. A equipe de segurança da Corte seguirá fazendo um monitoramento constante da situação.
A preocupação é com o possível efeito de incentivo que pode ter sido gerado com o atentado do homem-bomba que morreu ao se explodir em frente à Corte. Célula de inteligência Visando uma execução integrada das operações, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) fez uma reunião no último sábado (28) com diversos órgãos. Entre as deliberações, ficou definido o funcionamento da chamada célula de inteligência de maneira presencial até 12 de janeiro.
O grupo reúne instituições de segurança distritais e federais para troca de informações e atuação coordenada. Além das polícias civis e militar, participam representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Gabinete de Segurança Institucional, Comando Militar do Planalto e seguranças da Câmara, do Senado e do STF. A SSP-DF também faz um monitoramento de ameaças virtuais com possíveis incitações e ataques às instituições.
Conforme disse à CNN o secretário executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, a célula de inteligência foi chamada diante dos possíveis riscos com a virada do ano e com a proximidade do segundo aniversário dos atos de 8 de janeiro. “Não há motivo para alarde”, afirmou. “Nada foi constatado de movimento organizado que pudesse provocar insegurança na Esplanada dos Ministérios. Segundo Patury, o monitoramento seguirá de forma constante porque a situação pode mudar “do dia para a noite”.
“A gente pediu para que as casas, o STF, o Congresso, reforçassem a segurança com grades. O Planalto a gente também sugeriu, em frente ao Ministério da Justiça tem viatura da Força Nacional, então todos os órgãos que participaram da reunião se comprometeram a reforçar sua segurança interna”. Para a virada do ano, o policiamento foi reforçado na região da Esplanada, onde haverá shows. A expectativa é de que 200 mil pessoas circulem pela região central de Brasília.