Segundo Paulo Cappelli, do Metrópoles, as contas do governo federal de 2015, que embasaram o impeachment de Dilma Rousseff, deverão ser aprovadas pelo Congresso. Na Comissão Mista de Orçamento, até mesmo parlamentares contrários à aprovação dão como certa a vitória da ex-presidente.
Historicamente, o plenário do Congresso tem o hábito de acatar as votações da CMO, composta por senadores e deputados. Se confirmada, será uma vitória importante para Dilma, pois afasta a possibilidade de perda dos direitos políticos, o que a impediria de concorrer a cargos eletivos.
Além disso, a provável validação das contas dará munição à ex-presidente para que reforce o discurso de que foi vítima de golpe.
Relator das contas de Dilma na CMO, o deputado Enio Verri recomendou, nesta semana, a aprovação com 10 ressalvas.
“A aprovação das contas de Dilma Rousseff representará uma retratação histórica. Ela foi vítima de um golpe. Isso está claro”, afirma.
Por outro lado, Marcel van Hattem, do Novo, avalia que a aprovação das contas será um “desrespeito” com a história do Congresso.
“A Câmara e o Senado condenaram Dilma ao impeachment baseados nestas contas que estão sendo analisadas pela CMO. Tentar limpar o currículo dela, agora, é não ser condizente com a história do Congresso”.