O Conselho de Segurança realizou na última sexta-feira (28) um encontro, a portas fechadas, sobre a situação no Níger. O representante especial da ONU para a África Ocidental e Sahel, Leonardo Simão, atualizou os 15 Estados-membros sobre o tema.
Em nome do secretário-geral, ele está em contato com parceiros incluindo a Comunidade dos Estados da África Ocidental, Cedeao, e a União Africana, para apoiar os esforços regionais para restaurar a ordem.
Cúpula de líderes
Segundo agências de notícias, nesta sexta-feira, o comandante do Exército do Níger, Abdourahamane Tiani, informou em rede nacional de TV que está em controle da nação africana.
Em Nova Iorque, o porta-voz do secretário-geral, Stephane Dujarric, disse que o enviado Leonardo Simão estará no encontro de domingo ao lado de vários líderes africanos, em Abuja, na Nigéria.
Antes, chefes de entidades humanitárias atuando no terreno asseguraram que continuarão realizando seu trabalho no país.
Intervenção militar
De acordo com os relatos, a imagem com o general exibia uma faixa identificando-o como “Presidente do conselho nacional para a preservação da pátria.”
As entidades da ONU destacaram que voos do Serviço Aéreo Humanitário foram cancelados após o fechamento do espaço aéreo nigerino.
Falando a jornalistas, em Dacar, a representante interina do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, Nicole Kouassi, ressaltou que a agência está empenhada em apoiar aos necessitados.
A também chefe do Escritório da ONU no Niger e coordenadora humanitária falou da “grande inquietação” com os possíveis efeitos no terreno sobre a assistência e os programas promovendo a paz.
Neste ano, cerca de 3,3 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar aguda no Níger. Somente 32% do valor para cobrir o apoio humanitário foram financiados.