Integrantes do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) que juraram fidelidade a Sergio Moro e pediram seu desligamento do órgão por causa da saída do ex-ministro do governo voltaram atrás dos seus pedidos de renúncia.
Nove conselheiros solicitaram desligamento do colegiado após Moro deixar a pasta da Justiça. No entanto, segundo a coluna de Bela Megale, sete voltaram atrás e decidiram permanecer no grupo mesmo com o ministério sob o comando de André Mendonça.
Walter Nunes, Gustavo Marchiori, Pery Shikida, Paulo Sorci, Jocemara Rodrigues e Aléssio Aldenucci Juniorrenunciaram formalmente aos seus postos de conselheiros e Wilson Damazio verbalmente. Todos voltaram atrás e seguem no CNPCP. Apenas Danilo Pereira Junior e Rodrigo Rios mantiveram suas renuncias.
O CNPCP é ligado ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que está no guarda-chuva do Ministério da Justiça. O órgão atua no debate de políticas a análises voltadas aos sistemas criminal e penitenciário.
Procurado, o Depen informou que após a nomeação de André Mendonça como ministro, foram realizadas reuniões para apresentação de projetos e proposta de continuidade dos trabalhos desenvolvidos pelo CNPCP e que, “tendo em vista a experiência valiosa para o bom andamento dos trabalhos do Conselho, a Diretoria-Geral do Depen solicitou reconsideração da decisão dos conselheiros, com a consequente permanência no colegiado”.