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Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia lamentaram nesta segunda-feira (5) a morte no domingo, aos 101 anos, do conselheiro aposentado Joselito Falcão Amorim, vítima de complicações decorrentes da Covid-19. Joselito Amorim foi o primeiro presidente do Conselho de Contas dos Municípios, criado em 1971 pelo então governador Luiz Viana Filho, que em 1985 passou a ser denominado Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia.
“O conselheiro Joselito Amorim teve uma importância ímpar na criação e consolidação do Conselho e depois Tribunal de Contas dos Municípios como órgão de controle externo das administrações municipais. Estabeleceu normas de fiscalização, ferramentas de acompanhamento dos gastos públicos e estimulou prefeitos a buscar o planejamento adequado para dar mais efetividade às ações governamentais, de modo atender as necessidades das populações, especialmente as mais carentes e dos sertões da Bahia. Sem dúvida foi um grande homem público, e lamentamos sua perda para esta doença horrível, que tanto mal tem causado ao Brasil e ao mundo. Que Deus console seus familiares”, disse o conselheiro Plínio Carneiro Filho.
Joselito Amorim começou sua vida política como vereador em Feira de Santana, em 1955, e renovou o mandato até assumir, por exercer a presidência da Câmara Municipal, o cargo de prefeito da cidade com a cassação, em 1964, do então prefeito Francisco Pinto.
Já no governo de Luiz Viana Filho dirigiu a Companhia de Habitação e Urbanização da Bahia até a criação, em 1971, do Conselho de Contas dos Municípios e da sua nomeação para o cargo de conselheiro e seu primeiro presidente. Ele começou a sua vida profissional como professor de Matemática no Ginásio Santanópolis, onde havia se formado, em 1947, em contador. No Ginásio ele foi professor, diretor do internato, diretor do curso noturno e depois inspetor do MEC para o Curso de Contabilidade.
Como prefeito de Feira de Santana iniciou a construção do Estádio Joia da Princesa, abriu postos de saúde de dedicou especial atenção à construção de escolas. Também inaugurou equipamentos importantes para o município como o Museu Regional, o Parque de Exposições João Martins da Silva, a Biblioteca Municipal Arnold Ferreira da Silva.
Por ter morrido em razão da Covid-19, seu corpo não pode ser velado pelos familiares, amigos e admirados. O enterro foi feito no Cemitério da Piedade, em Feira de Santana.
