Alinhada aos objetivos do Governo Federal de combater crimes contra o meio ambiente ou violações dos direitos dos povos indígenas, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta sexta-feira (02/02) que está atuando ininterruptamente para impedir qualquer tipo de tráfego irregular na Terra Indígena Yanomami, por meio das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA). Essas ações são estabelecidas pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), para identificar tráfegos ilícitos e proteger a soberania do Brasil.
De acordo com a FAB, inicialmente, é realizado um Reconhecimento à Distância (RAD), quando o piloto da aeronave interceptadora capta imagens e informações básicas, como matrícula e tipo do avião interceptado. Com base nesses dados, é checada sua regularização. Sendo necessário, é realizado procedimento de Interrogação (ITG), por meio de contato via rádio e sinais visuais.
Posteriormente, se necessário, as medidas seguintes são de intervenção, isto é, na determinação para que a aeronave modifique sua rota e realize pouso obrigatório em um aeródromo determinado pela defesa aérea. “Se, ainda assim, não houver colaboração, após autorização da autoridade competente, é realizado o Tiro de Aviso (TAV), de forma visível, a fim de que a aeronave cumpra as determinações em vigor”, explicou a FAB em nota à imprensa.
Na hipótese do insucesso desses procedimentos, a aeronave será considerada hostil, e estará sujeita ao Tiro de Detenção (TDE) para impedir a continuidade do voo.
Além do piloto e da aeronave interceptadora, há outros mecanismos e profissionais envolvidos, como os controladores de tráfego aéreo, que, com a visualização das imagens radar, são capazes de identificar as aeronaves de interesse; as aeronaves E-99, que funcionam como radares no ar; os R-99 com capacidade eficaz de reconhecimento de alvos; e os militares que atuam na segurança e defesa, por meio das Medidas de Controle de Solo (MCS).