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domingo 26 de abril de 2020 às 17:23h

Conheça o jovem brasileiro de 29 anos que está na lista dos bilionários da Forbes

CURIOSIDADES, NOTÍCIAS


O jovem possui uma fortuna com mais de R$ 6 bilhões e está no ranking dos Bilionários do Mundo 2020

Pedro de Godoy Bueno, herdeiro e presidente do Grupo Dasa e acionista da UnitedHealth Brasil, é o brasileiro mais jovem na lista divulgada pela Forbes no inicio do mês com o ranking dos Bilionários do Mundo 2020.

Pedro, que tem 29 anos, é considerado um dos homens mais ricos do Brasil desde que seu pai, o fundador da empresa de assistência de saúde Amil Edson de Godoy Bueno, morreu em 2017. É a primeira vez, no entanto, que o herdeiro aparece no ranking da Forbes, com fortuna estimada em US$ 1,1 bilhão, ou quase R$ 6 bilhões. Sua irmã, Camilla de Godoy Bueno Grossi, também entrou na relação, com uma fortuna equivalente.

Perfil

Aos 15 anos, iniciou um “duelo” com o pai, que queria mantê-lo como estagiário na empresa da família (o plano de saúde Amil). Pedro sonhava respirar novos ares, de preferência no exterior.

Aos 16, entrou no curso de economia da PUC-Rio.

Aos 20, participou do programa de trainees do banco BTG Pactual (marcando sua vitória no duelo citado no primeiro parágrafo). “Foi uma experiência sensacional”, diz. “Trabalhava das 8h da manhã até meia-noite, 2h da madrugada. Morava com meu pai e nem o via.” Aos 22, retornou para a Amil. No mesmo ano, ela foi vendida para a gigante norte-americana UnitedHealth, e Pedro aproveitou o momento de vacas gordas no caixa para montar uma gestora de investimentos, a DNA. “Começamos a fazer uma série de investimentos – entre eles a Dasa.”

No segundo semestre de 2014, foi convidado para assumir a presidência do grupo de laboratórios, então avaliado em R$ 3 bilhões. Em janeiro de 2015, assumiu o cargo – aos 24 anos de idade, foi considerado o CEO mais jovem de uma empresa de capital aberto do Brasil.

Por sua pouca idade, seu estilo low profile (o oposto do pai) e sua “cara de criança”, a nomeação gerou protestos de sócios minoritários e desconfiança de colaboradores mais antigos. Mas Pedro contava com o respaldo do pai, Edson de Godoy Bueno, e de Dulce Pugliese (ex-mulher e sócia de Edson), que haviam assumido o controle acionário da Dasa. “Muita gente acha que foi meu pai que me indicou. Não foi. Foi um de nossos conselheiros independentes. Meu pai era até contra, achava que era cedo para um desafio tão grande, que eu podia me queimar na largada.”

Em fevereiro de 2017, Edson sofreu um infarto durante uma partida de tênis em sua casa, em Búzios. A morte repentina (mas não exatamente inesperada – ele já tinha oito stents) do pai e mentor fez os olhares novamente se voltarem para o jovem Pedro. Mais preocupado em gerar resultados do que em conversas de corredor, no entanto, o jovem executivo concentrou sua energia em expandir a rede de laboratórios, recuperar os níveis de qualidade das instalações e do atendimento e aumentar a rentabilidade do negócio – uma equação difícil até para os mais experientes gestores.

Hoje ele não trabalha das 8h às 2h como na época do BTG, mas acorda às 6h30 (“tento dormir 7 horas por noite para não perder produtividade”), faz academia cinco vezes por semana, come regradamente e leva uma vida sem ostentação nem badalação, quase que totalmente focada no trabalho.

Diante de tanto entusiasmo e dedicação, volto à questão da chantagem que ele fez com o pai, aos 15 anos de idade, dizendo que viraria um “rato de praia”. “Você ia mesmo ficar o dia inteiro sem fazer nada na praia?”, pergunto. “Que nada. Foi um blefe.”

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