O Congresso se reúne nesta quarta-feira (1º) para dar início à nova legislatura e eleger os presidentes da Câmara e do Senado. Apoiados por Lula, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSB-MG) são favoritos e devem se reeleger, salvo uma grande reviravolta de última hora. Mas de acordo com
, da Veja, este deve ser apenas o primeiro passo na relação do novo Legislativo com o Planalto.Os atuais presidentes das duas Casas devem atuar como os grandes fiadores do início do governo Lula, garantindo a agenda para a votação de projetos de interesse do governo. Ocorre que há muitos parlamentares novos chegando a Brasília e os partidos e bancadas ainda vão definir os comandos das comissões na Câmara e no Senado.
Lula, portanto, ainda depende dessa divisão interna de poderes no Legislativo para conseguir determinar o tamanho da sua base aliada. Apesar de ter mais de dez partidos na “frente ampla”, eles não reúnem votos suficientes para aprovar mudanças constitucionais, por exemplo.
Na Câmara, o favoritismo de Lira não deve ser sequer arranhado pelo único adversário, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Aliados esperam que ele tenha mais de 400 votos, um número muito superior aos 257 necessários para se eleger e aos 302 que ele recebeu para conseguir o primeiro mandato no comando da Casa, em 2021.
Já no Senado, o entorno de Pacheco estima que ele conte com aproximadamente 55 dos 81 votos — 41 é o número mínimo para ser eleito. A Casa virou o último reduto bolsonarista para o discurso de ataques ao STF, e o principal adversário do atual presidente, Rogério Marinho (PL-RN), tenta manter a agenda bolsonarista viva.
O candidato de Valdemar Costa Neto conseguiu formar um bloco com o PP e o Republicanos, que terão 23 senadores, mas precisam de muitas traições dentro de partidos que se alinharam a Pacheco para conseguir desbancá-lo.