O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -56 pontos em dezembro numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – confirmando, assim, um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto) pela 14ª vez em sequência. Esta é a 14ª pontuação consecutiva abaixo de zero.
No mês, a confiança regrediu em relação a novembro (quando o indicador marcou -50 pontos) e avançou em comparação a dezembro de 2022 (registro de -87 pontos). Em comparação ao mês imediatamente antecedente, ocorreu uma ligeira queda de 6 pontos – suficiente, entretanto, para suplantar o aumento registrado em novembro (alta de 2 pontos). Quanto ao registrado um ano antes, o indicador aumentou 31 pontos, a segunda alta consecutiva nessa base comparativa.
Entretanto, como sinaliza Luiz Fernando Lobo, analista técnico da SEI, “a pequena variação para baixo após a leve alta no mês antecedente parece sugerir mais uma acomodação da confiança do que o estabelecimento de qualquer nova trajetória de queda”. Além do mais, segundo Lobo, vale destacar que “o ano de 2023 chega ao fim com a confiança num patamar melhor do que o do término do ano imediatamente anterior”.
No que se refere aos setores, a contração do nível de confiança de novembro a dezembro não aconteceu de forma generalizada, visto que não ocorreu em um dos quatro grupamentos (Indústria). A alta em relação a dezembro do ano passado, por outro lado, repercutiu em três das quatro atividades (Indústria, Serviços e Comércio).
Em dezembro, nenhum dos setores assinalou pontuação superior a zero. As pontuações foram: Agropecuária, -49 pontos; Indústria, -6 pontos; Serviços, -81 pontos; e Comércio, -33 pontos. Dessa forma, o setor fabril foi o de melhor resultado, enquanto a atividade de Serviços expôs o menor nível de confiança pelo segundo mês seguido.
Do conjunto avaliado de assuntos, os temas crédito, abertura de unidades e câmbio foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis juros, inflação e vendas apresentaram os indicadores de confiança em situação mais favorável no mês.