A confiança caiu em 18 dos 29 setores industriais em julho de 2022, na comparação com junho deste ano, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial – resultados setoriais (ICEI – setorial) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). As quedas mais expressivas ocorreram em Biocombustível (passou de 57,9 para 52,8 pontos); Produtos Farmoquímicos e farmacêuticos (caiu de 58,9 para 54,8 pontos) e Serviços especializados para construção (queda de 59,6 para 55,8 pontos). Foram entrevistadas 2.225 empresas, sendo 870 de pequeno porte, 815 de médio porte e 540 de grande porte, entre 1º e 11 de julho.
A economista da CNI Larissa Nocko explica que o indicador varia de 0 a 100, com uma linha de corte em 50 pontos. Valores acima dessa média representam confiança e, abaixo, desconfiança.
“Assim, apesar da queda, todos os setores industriais estão confiantes, com expectativas positivas para os próximos seis meses, tanto para a economia quanto para o desempenho de suas empresas”, avalia.
Assista a entrevista na íntegra:
Os maiores avanços da confiança, entre junho e julho, ocorreram nos setores de: Obras de infraestrutura, que subiu de 53,3 para 55,6 pontos; Bebidas registrou 57,9 pontos ante 55,9; e Couro e artefatos de couro, com aumento de 52,8 para 54,3 pontos. Os setores em que a confiança não variou foram: Produtos de madeira e Produtos diversos.
Confiança da indústria subiu apenas no Nordeste, entre as cinco regiões
A confiança do setor industrial avançou apenas na região Nordeste, com alta de 1,1 ponto, e registrou recuo nas outras quatro regiões brasileiras. A maior queda da confiança ocorreu nas regiões Centro-Oeste (-1,4 ponto) e Sudeste (-1,3 ponto), principalmente devido ao indicador do setor Biocombustíveis, que teve queda de 5,1 pontos em um único mês. No Norte, a queda da confiança do setor de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros foi determinante para um recuo de 0,9 entre junho e julho. No Sul, o ICEI caiu 0,6 ponto.
O ICEI recuou em todos os portes de empresa do setor industrial, com maior magnitude nas pequenas empresas (-1,3 ponto). As médias e grandes empresas registraram um recuo da confiança mais moderado (-0,5 e -0,4 ponto, respectivamente).