O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 2,2 pontos em setembro, a 98,1 pontos, o maior nível desde outubro de 2022 (100,9 pontos). Em médias móveis trimestrais, o ICST aumentou 1,4 ponto. As informações foram divulgadas nesta terça-feira, 26, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Apesar do avanço na margem, a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, destacou, em nota, que o crescimento não está ocorrendo de forma uniforme dentro do setor. “Em setembro, foram as empresas do mercado imobiliário que se mostraram menos confiantes em relação à situação dos negócios corrente e dos próximos meses. A falta de mão de obra qualificada e o acesso ao crédito têm dificultado o cenário empresarial, a despeito de uma percepção mais positiva em relação à demanda futura”, escreveu.
Para Ana Maria Castelo, o revés na confiança de Edificações foi mitigado pela melhora no ambiente de negócios das empresas de serviços especializados e de infraestrutura. “Estas últimas voltaram a se destacar como as mais confiantes dentro do setor”, apontou.
Nas aberturas do mês, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,9 ponto, para 96,5 pontos, o maior nível desde dezembro de 2022. Já o Índice de Expectativas cresceu 2,4 pontos, para 99,8 pontos, o maior nível desde outubro do ano passado.
Nas expectativas, houve avanço do indicador que mede a demanda prevista para os próximos três meses, de 4,5 pontos, para 102,5 pontos. Também houve avanço da tendência de negócios para os próximos seis meses, que aumentou 0,4 ponto, atingindo 97,1 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção subiu 0,4 ponto porcentual, para 79,4%. O Nuci de Mão de Obra aumentou 0,6 p.p. para 80,7%, enquanto o Nuci de Máquinas e equipamentos caiu 1,3 p.p., para 73,0%.