As obras da Ponte Salvador-Itaparica e a sondagem da Baía de Todos os Santos estão previstas para começar no segundo semestre deste ano. Entre as principais discussões acerca do projeto, está conforme o jornal A Tarde, o número de pistas de rolamento, que seriam apenas de três faixas por sentido, sendo que a terceira funcionaria como acostamento.
De acordo com o portal Bahia Econômica, apenas a partir do início das obras que a concessionária vai buscar a emissão da licença ambiental de instalação e a aprovação de todos os órgãos envolvidos. Em estudo feita pela concessionária, nos primeiros 30 anos, duas faixas seriam suficientes para atender a demanda prevista
No entanto, segundo economistas ouvidos pelo Bahia Econômica, a demanda tende a aumentar muito rapidamente no momento em que houver disponibilidade de tráfego. Assim, em poucos anos, a terceira faixa seria incorporada e a ponte ficaria sem acostamento, que poderia causar número crescente de acidentes e de engarrafamentos.
O respectivo cenário se assemelha bastante com o que aconteceu na ponte Rio-Niterói. Na época da inauguração, cada pista também tinha 3 faixas de rolamento, mas com acostamento de 60 centímetros em cada lado, que seguiam o padrão americano de 3,67 metros de largura.
Anos depois, foi necessário transformar a faixa de acostamento em outra pista de rolamento, à custa da diminuição da largura das três faixas, diminuídas de 3,67 para 3,40 metros. E em 2009 as 3 faixas de 3,40 metros foram transformadas em 4 faixas de 3,00 metros de largura cada, ainda mais estreitas, sacrificando-se o acostamento.
Sem acostamento, houve enormes engarrafamentos e aumento dos acidentes, o que obrigou a construção de refúgios de 80 metros de extensão, em cada sentido da via, para servir de bases operacionais de atendimento aos motoristas.