A empresa de energia Orizon anunciou nesta quarta-feira (16) a criação de uma nova empresa, a BioE, responsável por projetos de geração de biometano e energia, com investimentos de cerca de 1,2 bilhão de reais nos próximos dois anos.
Hoje, a Orizon já produz biometano para dois ativos operacionais, a Biometano Paulínia e UTE Paulínia Verde. Com a BioE, o gás renovável será levado para as outras 10 plantas da empresa.
Segundo o CEO da Orizon, Milton Pilão, a criação de um novo braço de negócio focado em biometano se deve à valorização do gás renovável e à pouca oferta do produto no Brasil.
“O volume de gás renovável hoje disponível no Brasil é inferior a um milhão de metros cúbicos por dia. E a indústria brasileira está demandando muito descarbonizar a sua matriz energética”, disse Pilão à Reuters.
A expectativa é de que a nova empresa gere um Ebitda adicional de 550 milhões de reais ao ano, quando as plantas alcançarem a maturidade.
Parte dos investimentos para a BioE, segundo Pilão, virão do lançamento de debêntures de 400 milhões de reais, divulgado na semana passada, além de futuras operações financeiras.
“Como a empresa está em franca expansão de geração de caixa e de Ebitda, devido ao volume de aquisições que ela fez, nós temos espaço no balanço ao longo do ano que vem para continuar emitindo debêntures e fazendo alavancagem para a BioE, para a construção dessas plantas”, disse o executivo.