Como os 5 bilionários mais ricos da América Latina ganharam seu dinheiro?

Muito está em jogo na América Latina. O México pode ter a sua primeira presidente mulher, o peso argentino está em colapso em meio à maior inflação do país em três décadas e o novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, continua lidando com um ambiente político profundamente polarizado.

Mas uma coisa é certa: os bilionários da região estão prosperando, adicionando bilhões às suas fortunas e aumentando também a sua presença na Lista de Bilionários da Forbes.

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A fortuna média dos bilionários latino-americanos aumentou 23% no ranking deste ano, que também recebeu 21 novos rostos da região, em comparação com apenas 1 no ano passado.

No total, a Forbes encontrou 110 membros na América Latina, avaliados em um total de US$ 530 bilhões (R$ 2,6 trilhões), um aumento em relação aos US$ 413 bilhões (R$ 2 trilhões) registrados em 2023. No total, 63 dos super-ricos da região viram sua fortuna aumentar neste ano.

Aqui estão os cinco bilionários mais ricos da América Latina em 2024:

5. Vicky Safra e família

Fortuna: US$ 20,6 bilhões (R$ 104,6 bilhões)

Fonte da fortuna: Banco Safra

Vicky Safra e seus quatro filhos herdaram sua fortuna do falecido marido e pai, o banqueiro Joseph Safra, que morreu em dezembro de 2020. Vicky, nascida na Grécia, mantém cidadania grega e brasileira e vive principalmente na Suíça.

O filho mais velho, Jacob Safra, 49, é responsável pelo banco suíço J. Safra Sarasin, pelo Safra National Bank de Nova York e pelos investimentos imobiliários internacionais da família. David Safra, 40, administra o Banco Safra no Brasil e os investimentos imobiliários brasileiros do Grupo J. Safra.

Alberto Safra, 45, fundou a gestora de ativos ASA Investments. Ele processou sua família em 2023, alegando que sua participação no Safra National Bank foi diluída; o caso foi arquivado em março de 2024. Esther Safra Dayan, 47, é casada com Carlos Dayan, filho de um banqueiro brasileiro, e vive em São Paulo.

4. Iris Fontbona e família

Fortuna: US$ 25,7 bilhões (R$ 130,5 bilhões)

Fonte da fortuna: Mineração e bebidas

Iris Fontbona é a viúva de Andrónico Luksic, que construiu uma fortuna nos setores de mineração e bebidas antes de falecer de câncer em 2005. Ele deixou seus negócios para Fontbona e seus três filhos: Jean-Paul, Andrónico e Guillermo Luksic (que faleceu de câncer de pulmão em 2013, aos 57 anos).

Fontbona e seus filhos controlam a Antofagasta Plc, que possui minas de cobre no Chile e negocia na Bolsa de Valores de Londres. Eles também possuem a maioria das ações da Quiñenco, um conglomerado chileno de capital aberto ativo em bancos, cervejarias e manufatura. Jean-Paul Luksic é presidente da Antofagasta; Andrónico Luksic, que liderou a Quiñenco desde 2013, renunciou em dezembro de 2023.

3. Germán Larrea Mota-Velasco e família

Fortuna: US$ 27,9 bilhões (R$ 141,7 bilhões)

Fonte da fortuna: Mineração

Germán Larrea Mota Velasco é o dono da maioria da maior empresa de mineração de cobre do México, o Grupo México, que também tem operações no Peru e nos Estados Unidos.

Sob sua liderança como presidente e CEO, o Grupo México se expandiu para os setores de infraestrutura e transporte ferroviário. Em 2014, a empresa de mineração enfrentou problemas após um vazamento em sua mina de cobre em Sonora, no México, contaminar dois rios próximos.

A empresa concordou com um pedido do governo para depositar US$ 150 milhões em um fundo fiduciário para compensar os moradores locais prejudicados pelo vazamento. Em 2017, Larrea desmembrou o braço de transporte do Grupo México em uma nova empresa, GMexico Transportes, em parte de propriedade de duas empresas de Carlos Slim Helú.

2. Eduardo Saverin

Fortuna: US$ 28 bilhões (R$ 142,2 bilhões)

Fonte da fortuna: Facebook

Eduardo Saverin cofundou a Meta Platforms, anteriormente Facebook, com seu colega de classe de Harvard, Mark Zuckerberg, em 2004. Agora um capitalista de risco, ele ainda obtém a maior parte de sua riqueza de sua pequena, mas valiosa participação na Meta.
Em 2016, ele lançou o fundo de capital de risco B Capital, com o veterano da BCG e da Bain Capital, Raj Ganguly.

O fundo tinha mais de US$ 5.5 bilhões em ativos sob gestão em 2023. Em julho de 2022, o B Capital levantou US$ 250 milhões para investir em startups em estágio inicial. Nativo do Brasil, Saverin é residente em Cingapura desde que renunciou à sua cidadania dos EUA em 2012, antes do IPO do Facebook.

1. Carlos Slim Helú

Fortuna: US$ 102 bilhões (R$ 518,1 bilhões)

Fonte da fortuna: América Móvil

Carlos Slim Helú, a pessoa mais rica do México, e sua família controlam a América Móvil, a maior empresa de telecomunicações móveis da América Latina.

Com parceiros estrangeiros do setor de telecomunicações, Slim comprou uma participação na Telmex, a única empresa de telefonia do México, em 1990. A Telmex agora faz parte da América Móvil.

Ele também possui participações em empresas mexicanas de construção, bens de consumo, mineração e imobiliárias. Anteriormente, ele detinha uma participação de 17% no The New York Times.

Seu genro, Fernando Romero, projetou o Museu Soumaya na Cidade do México, onde está localizada a extensa e eclética coleção de arte de Slim. Slim e sua família também são proprietários de 76% do Grupo Carso, um dos maiores conglomerados da América Latina.