O líder do União Brasil no Senado, Davi Alcolumbre, é tido segundo Bela Megale, por Sergio Moro e núcleo de conselheiros políticos, como o nome que mais trabalha pela saída do ex-juiz na legenda. Alcolumbre, no entanto, tem minimizado o assunto Moro junto a aliados.
O senador tem dito que está focado em pautas importantes e articulações políticas. Alcolumbre diz ainda que não gastará energia com a artilharia contra Moro, já que o ex-juiz é visto como isolado pela maioria do partido.
— Como líder do União Brasil no Senado, e como homem público, sempre me pautei pelo diálogo, respeito e equilíbrio com todos. Não seria diferente com o senador eleito Sergio Moro, com quem sempre estabeleci uma relação cordial e respeitosa — disse Alcolumbre à coluna.
As especulações sobre a saída de Moro do União Brasil começaram após o partido abrir conversas com Lula para integrar sua base.
O tom do discurso de Alexandre e Moraes na diplomação do presidente eleito Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) surpreendeu petistas. Aliados de primeira ordem de Lula e membros da transição de governo já esperavam que o presidente da Corte fizesse uma defesa enfática das urnas e da democracia, mas avaliaram que Moraes foi além e deu recados duros e diretos a Bolsonaro e seus aliados radicais.
O trecho mais elogiado do discurso foi quando o ministro e presidente do TSE afirmou que os responsáveis por “ataques antidemocráticos” serão “integralmente responsabilizados”. A leitura de petistas é que Moraes deixou claro que agirá contra aqueles que “seguirem atacando a democracia” no governo Lula.
A leitura é que sua fala também ajudará a inibir possíveis planos para tumultuar a posse de Lula, no dia 1o de janeiro. Para os petistas, o ministro deu a senha de que, quem colocar em risco a mudança de governo, poderá ser detido ou, no caso de políticos, perder o mandato.