Para cumprir a promessa feita na semana passada por Jair Bolsonaro de zerar os impostos federais sobre o diesel e sobre o gás de cozinha, o governo federal terá, conforme o jornalista Lauro Jardim, que arranjar compensações em outras fontes de receitas.
Estima-se em R$ 1,5 bilhão o custo mensal para cumprir o que Bolsonaro prometeu aos caminhoneiros.
Pelos estudos da equipe econômica, alguns setores já podem se preparar para ver suas isenções tributárias indo para o espaço.
Os bancos, por exemplo, serão atingidos.
O setor petroquímico é outro que está na mira — neste caso, vai pagar mais PIS/Cofins.
Também perderão benefícios fiscais (IPI e IOF) as vendas de automóveis para pessoas com deficiência. Com essas vantagens, em geral os veículos são vendidos por um preço 20% a 30% menor.
Outros setores também podem entrar na lista, de acordo com pessoas ligadas à Receita. As vantagens tributárias que indústrias recebem na Zona Franca de Manaus foram analisadas detidamente. Era desejo avançar sobre elas — mas o lobby ali para manter tido como está é tido como quase instransponível.
Em resumo, para afagar os caminhoneiros, Bolsonaro vai mexer com gente graúda: bancos, petroquímicas e montadoras — o que dá bem a mostra de quem tem força política neste governo.