Depois de atuar diretamente em ações para articular a aquisição de vacinas contra Covid-19, Lula vai explorar politicamente outro ponto fraco do governo Bolsonaro segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo: a gestão do meio ambiente.
Aliados do ex-presidente afirmam que ele entrará “com força” nesta agenda, tida como uma das prioridades nos debates eleitorais de 2022, na esteira de temas cruciais ao País, como o combate à pandemia e à pobreza. Não por acaso, o petista publica nesta quinta-feira, data de abertura da Cúpula do Clima organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um artigo sobre o tema.
Nas últimas semanas, Lula intensificou conversas com técnicos e cientistas que trabalharam nos governos do PT e com profissionais da área de relações internacionais engajados na pauta ambiental. As conversas têm ajudado o ex-presidente a construir diagnósticos para traçar seu papel na retomada dessa agenda.
– Lula vai dialogar cada vez mais com especialistas nessa área. O tema ambiental estará mais presente nas suas falas. Ele está ciente de que Brasil tem responsabilidades enormes nessa frente, do papel da Amazônia no clima mundial e sabe que precisa enfrentar o desafio de gerar empregos e, ao mesmo tempo, fazer a transição ecológica, pensando em políticas de descarbonização e de combate ao desmatamento – disse à coluna o deputado Nilton Tatto (PT-SP), secretário de meio ambiente do partido.
Um ponto que será explorado, segundo auxiliares de Lula, são alguns legados dos governos do PT, como a adesão ao Acordo de Paris, em 2015, que teve o Brasil entre seus protagonistas. A tratativa tinha como ponto central o compromisso das nações em desenvolvimento para diminuir a emissão de gases de efeito estufa. A atuação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também entra na linha de tiro do petista.