Dirigentes do PT contaram ao colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguiu convencer Lula a reonerar os combustíveis ao apresentar ao presidente uma justificativa social e outra ambiental.
A reoneração parcial estipulou uma alíquota diferenciada para combustíveis fósseis, com tributo de R$ 0,47 para a gasolina, e de R$ 0,02 sobre o etanol. O biodiesel permanecerá com os tributos federais zerados até o fim deste ano.
Na questão social, a Fazenda manteve os tributos zerados até o fim do ano para o gás de cozinha e para o diesel, usado no abastecimento de caminhões.
Para dirigentes do PT, a costura feita por Haddad foi mais convincente do que a proposta de Gleisi Hoffmann, de manter a desoneração integral dos combustíveis. Lula ficou sem ter como impor uma segunda derrota ao ministro da Fazenda.
Haddad defendeu o fim da desoneração no período de transição, mas Lula assinou uma medida provisória, no primeiro dia de governo, que manteve o congelamento dos tributos federais até esta quarta-feira (1/3).