O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou este último domingo (26) no Palácio da Alvorada sem receber visitas. Com pneumonia e influenza A, Lula cancelou a viagem que faria à China a partir deste final de semana e se recupera da doença por recomendação médica.
O cardiologista Roberto Kalil, médico de Lula, disse que o quadro de saúde do mandatário é bom e que ele teria condições de fazer qualquer viagem em um prazo de 15 dias a um mês. “O estado geral é bom e ele deve retornar às atividades dele durante a semana”, disse Kalil, em entrevista à CNN Brasil. “Ele volta à vida normal dele, claro, com uma precaução inicial depois de um quadro de pneumonia, nos próximos dias. Se você me perguntar, daqui a um mês ou daqui a 15 dias teria condição, evidentemente, de fazer qualquer viagem.”
O governo gostaria de remarcar a viagem à China “o quanto antes” por causa da importância do país asiático para a economia doméstica e da aproximação que Lula quer ter com Xi Jinping por causa de questões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia. Além disso, o mandatário brasileiro quer participar da posse de sua antecessora Dilma Rousseff como a nova presidente do Banco dos Brics, que tem sede em Xangai. Com o cancelamento da comitiva presidencial, a ex-presidente seguirá para a China sozinha nesta segunda (27), como apurou o Broadcast, mas a solenidade de sua posse aguardará a presença de Lula.
Sábado, Lula recebeu no início da noite no Palácio da Alvorada a visita do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que afirmou que, nesta semana, o chefe do Executivo deve focar em agendas internas em Brasília. De acordo com o ministro, a permanência do presidente no País permite que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se dedique, junto com Lula, à formulação da proposta do arcabouço fiscal.
O ministro foi a única visita, além da médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio.
Como médico, Padilha disse não recomendar que o presidente vá presencialmente à Marcha dos Municípios, nesta semana, em Brasília. O ministro disse que analisará se é possível Lula receber uma comitiva, de acordo com a recuperação.