De acordo com a coluna Radar, na Veja, seria ponto pacífico entre aliados de Jair Bolsonaro: o governo passa por seu pior momento, com a rejeição presidencial em alta e a liderança de Lula nas pesquisas, segundo os institutos.
Dito isso, há entre o núcleo mais próximo de aliados de Bolsonaro quem veja coisas positivas no futuro do presidente. “Com aquela caneta do Planalto na mão, nem Dilma Rousseff foi capaz de perder a reeleição”, diz um importante aliado de Bolsonaro no Parlamento.
O fator Dilma Rousseff é, de fato, um alento a Bolsonaro. No centrão, os caciques que permanecem ao lado do presidente acreditam que o governo conseguirá melhorar sua imagem até o fim do semestre, quando bilhões terão chegados aos brasileiros por meio de transferências diretas (Auxílio Brasil), desonerações e oferta de crédito.
Se o dólar baixar, como prevê a equipe econômica, Bolsonaro poderá ampliar benefícios a setores importantes, como o de construção civil, que retomará obras de casas populares, outro plano importante para melhorar a imagem do presidente no Brasil profundo.
A arrogância petista, que considera a vitória de Lula um fato consumado, é citada pelos aliados do Planalto como um fator positivo de desmobilização. Sem medo de Bolsonaro, o petismo não trabalhará com afinco para derrotá-lo. Figura importante na ala do partido que costuma ter mais cautela, Jaques Wagner alertou numa entrevista ao Globo: “Eleição não é peru de Natal, não morre de véspera. Eleição tem que trabalhar até a abertura das urnas. Muita gente em 2018 foi dormir com a faixa e acordou derrotada. Não brinco com isso, até me preocupo. Vamos botar a sandalinha da humildade. Botar os argumentos na cabeça”.