Após estampar as manchetes das publicações pelo mundo por conta da guerra de compra e venda entre LVMH e Tiffany & Co., o conglomerado de luxo comandado por Bernard Arnault respira aliviado com a forte valorização das ações do grupo nesta última sexta-feira (16).
Os papéis da LVMH abriram com alta de 4,83% a US$ 494,90, se mantiveram em destaque durante a sessão e, no fechamento, acumulavam valorização de 7,34%, negociadas a US$ 506,79. O valor registrado por cada papel da LVMH é a segunda maior cotação do ano do grupo. Segundo a revista Forbes, o recorde é de janeiro, quando as ações foram negociadas a US$ 514,35 (no câmbio de ontem) após a incubadora Kenzo da LVMH adquirir o restante da marca de beleza Kat Von D. E. Na mesma data da maior data, o conglomerado também havia anunciado a compra do segundo maior diamante bruto da história.
O desempenho positivo da LVMH na data de hoje é fruto da divulgação de seu resultado trimestral, que superou as expectativas dos analistas. O grupo reportou que as vendas do trimestre foram de US$ 14,05 bilhões, com queda orgânica de 7% em relação ao mesmo período do ano passado, mas que as vendas de artigos de couro registraram alta de 12%, e as de conhaque também cresceram, comparadas a 2019. Segundo análise da FactSet, a estimativa era de que as vendas do grupo chegassem a US$ 13,32 bilhões.
Com o bom resultado no trimestre e na bolsa, Bernard Arnault, proprietário da LVMH, teve o maior ganho financeiro entre os bilionários do mundo hoje. No total, Arnault adicionou US$ 8,2 bilhões à sua fortuna agora avaliada em US$ 122,1 bilhões, como resultado, o bilionário ultrapassou Bill Gates (US$ 118 bilhões) e mais uma vez e assumiu a segunda posição entre os mais ricos do mundo –atrás apenas de Jeff Bezos, fundador da Amazon, que apesar de ter perdido US$ 3,6 bilhões hoje, ainda mantém um patrimônio calculado pela Forbes em US$ 192,3 bilhões.
Os ganhos da fortuna de Arnault em apenas um dia superam o patrimônio total de bilionários brasileiros como Carlos Alberto Sicupira (US$ 7,7 bilhões) e Luiza Helena Trajano (US$ 5,5 bilhões), a mulher mais rica do Brasil.