Há centenas de milhares de anos atrás, nossos ancestrais tinham uma relação íntima com o ambiente em que habitavam, o que ajudava a moldar onde e como eles viviam. Mas como exatamente as mudanças climáticas – por exemplo, quando um rio secava, ou quando as pastagens e rebanhos diminuíam – afetavam os humanos antigos?
Com ossos, ferramentas de pedra e outros artefatos, é possível elucidar como os hominídeos eram, e como eles se comportaram ao longo do tempo.
Contudo, assim como é difícil encontrar um crânio de 300.000 anos atrás, pode ser ainda mais desafiador descobrir evidências tangíveis que demonstrem como os habitats em que esses humanos viviam de fato eram – especialmente porque as mudanças climáticas alteraram esses locais inúmeras vezes ao longo do tempo.
Mas agora os cientistas criaram um supercomputador que simula um modelo do clima global, assim como suas mudanças, e que consegue fazer análise de até dois milhões de anos atrás.
Os pesquisadores parearam essa simulação “paleoclimática” com evidências reais de milhares de ossos de humanos antigos e ferramentas de pedra para descobrir quais eram as condições onde eles se encontravam.
Então, eles mapearam a possível distribuição e movimentação de cinco espécies importantes de hominídeos – inclusive a nossa, Homo sapiens – baseando-se em onde e quando os habitats favoráveis poderiam ter existido.