Está previsto segundo a revista Veja para abril um encontro geral entre as principais centrais sindicais do país, no qual será discutida uma proposta unificada de pautas e reivindicações a ser apresentada aos presidenciáveis que disputam as eleições no final do ano.
A Conferência Nacional da Classe Trabalhadora deverá abordar temas como emprego, desenvolvimento nacional, estrutura sindical, negociação coletiva e processo eleitoral.
Para Miguel Torres, presidente da Força Sindical, a articulação das onze centrais nos últimos anos e o protagonismo dos sindicatos nas negociações em pautas importantes — como o auxílio emergencial de até 1 200 reais na pandemia — fortalece o movimento.
O líder sindical também cita a construção de uma frente ampla em prol da “soberania nacional”. Entre convergências e divergências, nomes como os ex-presidentes FHC (PSDB), Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT), além dos ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), se mobilizaram a favor do impeachment de Bolsonaro em 2021, e ensaiaram uma oposição unificada ao governo.
“Conseguimos furar a bolha e criar um polo aglutinador de partidos, movimentos sociais e instituições democráticas (…) o momento atual exige a convergência no combate intransigente ao autoritarismo e ao retrocesso”, diz Torres.
Segundo as centrais, o momento é de se investir energia no aumento da representação da classe trabalhadora no Legislativo e no Executivo, de forma a se “reconquistar” direitos sociais e trabalhistas, e se atingir uma sociedade com “maior equidade e justiça social”.