No Itamaraty, o clima nesta quinta-feira (25) foi de que após os duros recados dados pelo Congresso nesta semana, não há chance para que Ernesto Araújo permaneça à frente da diplomacia brasileira.
Um dos efeitos da iminente mudança segundo a revista Veja é a dúvida que começa a pairar sobre o que Jair Bolsonaro fará com o ministro, um dos últimos representantes da ala ideológica na Esplanada dos Ministérios.
Diplomatas não descartam um eventual “rebaixamento” de Ernesto para o posto de assessor especial da presidência, hoje ocupado por Filipe Martins — agora alvo de apuração por suposto gesto supremacista. Seria uma maneira de manter o chanceler no governo, sob o abrigo de peso do Palácio do Planalto.
A possível mudança também já fez acender o alerta em integrantes da cúpula do Ministério das Relações Exteriores, que começam a se articular para não ficarem sem guarida — e passam a se mexer em busca de postos que não precisem de sabatina pelo Senado.