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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) emitiu uma nota na manhã deste sábado (21) defendendo a transferência dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021. A posição do COB se dá por conta do notório agravamento da pandemia do coronavírus e pela consequente dificuldade dos atletas de manterem seu melhor nível competitivo pela necessidade de paralisação dos treinos.
De acordo com o COB, a transferência aconteceria em período equivalente ao originalmente marcado, entre o fim de julho e a primeira quinzena de agosto. Atualmente, a doença já infectou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, e competições em escala global.
“Como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja realizado em sua plenitude”, afirma o presidente do COB, Paulo Wanderley.
Durante a nota, o presidente do COB ainda relatou outras situações de mobilização global que terminaram com a suspensão dos jogos olímpicos, como as duas grandes guerras mundiais, entre outros.
“O COI já passou por problemas imensos anteriormente, como nos episódios que culminaram no cancelamento dos Jogos de 1916, 1940 e 1944, por conta das Guerras Mundiais, e nos boicotes de Moscou 1980 e Los Angeles 1984. A entidade soube ultrapassar estes obstáculos, e vemos a Chama Olímpica mais forte do que nunca. Tenho certeza de que o Thomas Bach, atleta medalha de ouro em Montreal 1976, está plenamente preparado para nos liderar neste momento de dificuldade”, completou Wanderley.
Desde o início da pandemia, o COB tem adotado medidas contrárias a realização dos jogos nesse período de surto do vírus. Na semana passada, a entidade cancelou eventos públicos e preparatórios para os Jogos e determinou na terça-feira o fechamento total do CT Time Brasil.
