A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta terça-feira (25) sobre o crescimento da indústria naval brasileira.
O deputado federal pela Bahia, Jorge Solla (PT), que pediu a audiência, disse que a indústria naval brasileira teve seu progresso interrompido após 2014, depois de um período florescente.
“O setor, que em 2014 chegou a 82 mil empregos, em 2018 viu esse número minguar para menos de 20 mil”. disse Solla.
O deputado citou pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo o qual o impacto da Operação Lava Jato nos setores de construção e industrial foi o fechamento de mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos, atingindo uma série de investimentos da Petrobras e toda uma longa cadeia produtiva.
“Com o objetivo de cortar custos, a Petrobras, ao invés de comprar da indústria naval nacional, comprou equipamentos de outros países, China especialmente. Uma economia bastante questionável, já que se deixou de arrecadar impostos e milhares de trabalhadores ficaram desempregados, sem consumir e sem movimentar a economia local”, concluiu o deputado.
Debatedores
Confirmaram presença na audiência:
– o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha;
– o secretário-geral do Sinaval, Sérgio Leal.
– a secretária da presidência do Sinaval, Carla Kalil;
– o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar;
– o representante da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM- Setor Naval) Edson Rocha;
– a chefe do Departamento de Gás Petróleo e Navegação do BNDES, Elisa Lage;
– o diretor administrativo da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Fernando Leite Siqueira;
– o conselheiro da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Joacir Pedro; e
– o diretor de Comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa.