A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 29, oito nomes para o Conselho Nacional de Justiça (CCJ) e mais duas indicações para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O colegiado presidido pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP) sabatinou os indicados, e todos foram aprovados por ampla margem. Os indicados para o CNJ receberam mais de 20 votos de diferença. Já entre os indicados ao CNMP, Cíntia Menezes Brunetta recebeu 27 votos favoráveis, e Edvaldo Nilo de Almeida obteve aprovação de 25 senadores. Agora, os ofícios seguem para a análise do plenário.
Em sua fala durante a presidência da sessão, Alcolumbre se mostrou entusiasmado com a paridade de gênero entre os indicados, são cinco homens e cinco mulheres. “Quero fazer esse registro pela igualdade de gênero, que é sempre uma luta de nossas senadoras. Parabéns às instituições que fizeram as indicações”, disse.
Criado por meio de uma Emenda Constitucional em 2004, o Conselho Nacional de Justiça tem por missão aperfeiçoar os trabalhos do Poder Judiciário. O órgão possui 15 membros com mandatos de dois anos, admitida uma recondução.
Já o CNMP é formado por 14 membros com mandatos de dois anos, admitida uma recondução. Este órgão é presidido pelo procurador-geral da República e tem por função executar a fiscalização administrativa, financeira e disciplinar do Ministério Público.
Para o CNJ, foram aprovados:
– Daiane Nogueira de Lira – Indicada para vaga destinada à Câmara dos Deputados, tem graduação em Direito pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Desde 2009, ela é advogada da União e, em 2013, assumiu a chefia de gabinete do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, Daiane faz parte do Instituto Nós Por Elas, iniciativa que promove campanhas de combate à violência contra a mulher.
– Mônica Autran Machado Nobre – Indicada pelo Superior Tribunal de Justiça, ela assumiu o posto de juíza federal no ano de 1996 e, desde 2013, é desembargadora do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, que abrange os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
– Daniela Pereira Madeira – Indicada pelo Superior Tribunal de Justiça, ela é juíza federal do TRF da 2ª Região, que abrange Rio de Janeiro e Espírito Santo, desde 2002.
– José Edivaldo Rocha Rotondano – Indicado pelo Supremo Tribunal Federal, ele foi promotor e procurador de Justiça na Bahia entre 1984 e 2012. Logo depois, assumiu o cargo de desembargador estadual, e, entre 2019 e 2020, foi corregedor eleitoral. Desde o ano passado, atua como corregedor-geral do Tribunal de Justiça baiano.
– Renata Gil de Alcantara Videira – Indicada pelo Supremo Tribunal Federal, ingressou na magistratura em 1998, como juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Em 2019, foi eleita a primeira mulher presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Desde janeiro de 2023, ela é juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça.
– Guilherme Augusto Caputo Bastos – Indicado para vaga destinada ao Tribunal Superior do Trabalho, assumiu o cargo de juiz do Trabalho em 1989 e, desde 2007, é ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Ele ainda é autor do livro “O Dano Moral no Trabalho”.
– Alexandre Teixeira Bastos Cunha – Indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho, ele, desde 1991, é juiz do Trabalho. Integra a seção especializada em dissídios coletivos e, entre 2014 e 2015, atuou como convocado junto à Primeira Turma do TST.
– Guilherme Guimarães Feliciano – indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho, assumiu o cargo de juiz do Trabalho em 1997, quando foi aprovado em primeiro lugar. Desde 2006, é titular da 1ª Vara do Trabalho de Taubaté. Além disso, atua como professor da USP e de outras instituições de ensino superior.
Para o CNMP, foram aprovados:
– Cíntia Menezes Brunetta – Indicada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), é juíza federal desde 2004 e professora nos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo. Foi secretária-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados.
– Edvaldo Nilo de Almeida – Indicado para a vaga destinada à Câmara dos Deputados, é pós-doutor em democracia e direitos humanos pela Universidade de Coimbra, de Portugal, e em direitos humanos pela Universidade de Salamanca, na Espanha. O indicado ainda é procurador do Distrito Federal desde 2009.