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segunda-feira 19 de agosto de 2019 às 19:06h

Comissão de Saúde da CMS questiona gestão feita por ONGs

POLÍTICA


Atenta à gestão das unidades de saúde da capital, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Salvador, por meio do presidente do colegiado, vereador Maurício Trindade (DEM), criticou a atuação das Organizações não Governamentais (ONGs). “Muitas são na realidade empresas lucrativas que se disfarçaram apenas para se adequar à lei e burlar e não pagar diversos impostos”, pontuou o vereador.

“A situação encontrada tem sido assustadora. Temos constatado que não houve economia na terceirização das gestões, além de várias unidades apresentarem uma grande perda de qualidade. Falta sintonia entre as empresas e os gerentes da unidade nomeados pela Prefeitura que perderam autonomia sobre os serviços prestados que, no geral, tem sido de baixa qualidade”, pontuou o vereador.

Maurício Trindade disse que as verdadeiras ONGs de saúde da cidade, as Obras Sociais Irmã Dulce, Martagão Gesteira, Sagrada Família e Aristides Maltez, se afastaram da gestão de unidades do município. “Restam somente o Hospital Santa Isabel e o Santo Amaro, sendo que o Santa Isabel também já demonstrou intenção de abandonar a gestão das unidades geridas por ele, os multicentros de Amaralina e o Multicentro Vale das Pedrinhas”, ressalta o presidente da Comissão de Saúde.

Trindade sugeriu que as empresas fossem afastadas e a gestão executada pelo município. “O que garantiria economia, além de uma maior qualidade dos serviços prestados como era antigamente”, avalia.

Visita

Em visita às unidades de saúde da capital, o colegiado tem identificado algumas oportunidades de melhoria. Na unidade de Saúde do Marback, Maurício Trindade verificou que o sistema de informática não está interligado ao da Prefeitura Municipal de Salvador, causando grande prejuízo aos pacientes.

“Nos Multicentros Liberdade e na Carlos Gomes detectamos uma grande perda de qualidade do serviço, com longas filas e baixa produtividade de vários setores, tanto da parte de médicos, quanto laboratório e principalmente a fisioterapia, serviços geridos por uma pequena ONG do interior do Estado”, destacou o vereador.

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