Em reunião na tarde de terça-feira (6), a Comissão de Educação da Câmara de Salvador ouviu representantes de gestores e coordenadores pedagógicos da rede municipal de ensino, que apresentaram as dificuldades enfrentadas em função do déficit de profissionais.
Na sexta-feira (9) pela manhã, segundo o vice-presidente do colegiado, vereador Marcos Mendes (PSOL), que dirigiu o encontro, os questionamentos serão discutidos em audiência com o secretário da Educação, Bruno Barral, com a participação também da APLB-Sindicato.
Na reunião será avaliada a necessidade de revisão do Padrão de Qualidade SMED (Decreto nº 24.361/13), que estabelece as exigências mínimas referentes ao quadro de pessoal, serviços de apoio, estrutura física e instalações dos estabelecimentos de ensino da Rede Municipal de Salvador. Será agendada também uma audiência pública da Câmara, com a presença do titular da Smed, para debater o problema de forma aprofundada.
Déficit
Na reunião as representantes da categoria frisaram que a maioria dos coordenadores pedagógicos trabalham em regime de 20 horas semanais e que por isso nem todas as escolas, que funcionam nos três turnos, estão cobertas pelos profissionais. Alguns foram escalados para atuar em até três escolas, nem sempre próximas, o que dificulta a qualidade de vida e o serviço prestado.
Segundo a gestora Rita de Cássia Natividade, apesar do déficit de professores ser estimado em cerca de 2000 vagas (algumas cobertas por Reda), o último concurso ofereceu apenas 150 vagas, nenhuma para coordenação. Um dado apresentado aos vereadores foi o crescimento dos registros de doenças entre os profissionais de educação, em função da sobrecarga de trabalho e do acúmulo de funções.
Participaram da reunião também os vereadores Sílvio Humberto (PSB), Téo Senna e Isnard Araújo, ambos do PHS. Denise Silva Souza e Lília Bonfim representaram o Coletivo de Coordenadores Pedagógicos da Rede Municipal de Ensino e Cristina Maria de Freitas Gomes o Fórum de Gestores da Smed.